Era pra ser mais um dia comum na vida daquele jovem de 23 anos — talvez cheio de planos, sonhos, aquela energia típica da juventude. Mas o destino, cruel como um trovão em dia de sol, resolveu escrever outro final.
Na tarde de ontem (02/08), o carro em que ele estava virou uma espécie de pião metálico na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, em Dracena. Capotou não uma, não duas, mas várias vezes, segundo testemunhas que ainda parecem ouvir o barulho de metal se retorcendo.
O que se sabe até agora
Os socorristas chegaram rápido — mas não rápido o bastante. O estudante, cujo nome a família ainda pede pra não divulgar (entenda-se: mãe despedaçada de dor), já estava sem vida quando encontraram seu corpo entre os destroços.
Detalhe macabro: o veículo ficou tão amassado que parecia uma escultura abstrata, daquelas que ninguém entende mas todo mundo fica olhando.
Trecho perigoso?
Moradores da região — esses conhecedores anônimos das estradas — vivem reclamando que aquele pedaço da rodovia é mais traiçoeiro que político em ano eleitoral. Curvas fechadas, sinalização que mais confunde que ajuda, buracos que aparecem do nada como fantasmas de asfalto.
Mas, claro, só lembram disso quando a tragédia bate na porta. Ou melhor, quando ela capota no meio da pista.
A polícia rodoviária, aqueles profissionais que vivem entre a burocracia e o sangue nas estradas, ainda investiga as causas exatas. Álcool? Sono? Falha mecânica? Ou simplesmente o azar dançando seu tango mortal?
Depois da tragédia
Enquanto isso, na casa da família, sobra aquela cadeira vazia na mesa de jantar. Aquele celular que ninguém tem coragem de desligar. E a pergunta que não cala: por que justo ele?
O corpo foi levado para o IML de Dracena, onde a papelada da morte vai se misturar com a dor dos vivos. E a rodovia? Ah, a rodovia continua lá, indiferente como sempre, esperando pelo próximo.
