Era pra ser mais uma noite qualquer. O vento cortando o rosto, o ronco do motor ecoando pelas ruas — aquela sensação de liberdade que só quem anda de moto conhece. Mas tudo mudou em questão de segundos. Na tarde desta sexta-feira (26), um rapaz, cuja identidade ainda não foi divulgada, perdeu o controle da motocicleta na Avenida Brasil, em Juiz de Fora, e colidiu violentamente contra o canteiro central.
Testemunhas contam que a moto capotou várias vezes — um daqueles cenários de filme, só que real demais. O socorro chegou rápido, mas já era tarde. O jovem, que aparentava ter pouco mais de 20 anos, não resistiu aos ferimentos. No local, só restou o silêncio pesado e o capacete jogado a metros de distância, um símbolo mudo do que poderia ter sido evitado.
O que levou ao acidente?
A polícia ainda investiga as causas, mas há rumores de que excesso de velocidade e até uma possível falha mecânica possam estar por trás da tragédia. Moradores da região reclamam há tempos da falta de sinalização adequada no trecho — "é uma roleta-russa", disse um senhor que preferiu não se identificar.
Enquanto isso, nas redes sociais, amigos do motociclista postam homenagens. "Era um cara tranquilo, adorava ajudar os outros", escreveu um deles. Outros questionam: quantas vidas precisam se perder antes que algo seja feito? Juiz de Fora registrou só este ano mais de 15 mortes no trânsito — números que doem, mas parecem não comover quem pode agir.
O corpo foi encaminhao ao IML, e a família aguarda liberação para velório. Resta agora a pergunta que não quer calar: até quando? Até quando a imprudência, as ruas malcuidadas e a falta de fiscalização vão continuar ceifando vidas tão jovens?
