
O coração de Mato Grosso ainda está pesado. Naquele trecho da rodovia, onde o asfalto parece infinito, um cenário de horror se desenhou na última semana. Onze vidas se foram num piscar de olhos — e agora, finalmente, a última vítima teve seu nome conhecido.
Era um jovem de Goiás, com sonhos ainda por realizar. Como tantos outros que estavam naquele ônibus, ele não imaginava que aquela seria sua última viagem. A colisão frontal com a carreta foi tão violenta que deixou até os socorristas veteranos sem palavras.
O que aconteceu naquele dia?
Segundo testemunhas — e aqui a voz até treme ao relatar —, o ônibus parecia estar em velocidade acima do permitido. Já a carreta... bom, há quem diga que o motorista talvez estivesse cansado demais. Mas no final, especulações não trazem ninguém de volta.
Os bombeiros trabalharam por horas. Pedaços de metal retorcido, vidros estilhaçados, e no meio disso tudo, histórias interrompidas. Onze, para ser exato. Onze famílias que agora precisam aprender a viver com um vazio que nunca deveria existir.
Quem era o jovem de Goiás?
Não vamos divulgar o nome aqui — respeito acima de tudo. Mas era um rapaz na casa dos 20 anos, voltando de uma visita à família. Tinha planos de começar um curso técnico no mês que vem. Gostava de futebol, segundo os primos, e sonhava em montar uma pequena oficina mecânica.
"Ele era a alegria da família", contou uma tia, entre lágrimas. E agora? Agora resta o silêncio.
E as outras vítimas?
O perfil é variado: tinha desde estudantes até trabalhadores rurais. Alguns iam visitar parentes, outros estavam a trabalho. Uma senhora de 62 anos, inclusive, estava indo conhecer o primeiro neto. A vida é cruel às vezes, não é?
O que mais dói é saber que muitos acidentes assim poderiam ser evitados. Manutenção adequada dos veículos, respeito aos limites de velocidade, pausas para descanso... mas falar isso agora parece até um insulto à dor dessas famílias.
Enquanto isso, as investigações continuam. A Polícia Rodoviária promete um relatório detalhado nas próximas semanas. Mas convenhamos: nenhum relatório vai apagar o que aconteceu naquele pedaço de asfalto em Mato Grosso.