
Imagine acordar no meio da noite com um estrondo ensurdecedor — foi exatamente o que aconteceu com dona Maria, uma senhora de 72 anos que mora no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Um ônibus desgovernado colidiu com a lateral da sua casa, deixando-a em pânico e sem saber o que fazer.
— Eu pensei que fosse o fim do mundo! — contou ela, ainda tremendo. — A parede tremeu, os quadros caíram, e eu fiquei ali, parada, sem entender nada.
Noite de desespero
O acidente aconteceu por volta das 23h, mas o pior veio depois. Com a estrutura da casa comprometida e sem saber se havia risco de desabamento, dona Maria passou horas acordada, temendo pela própria segurança. Nem a prefeitura nem a empresa de ônibus mandaram alguém para avaliar os danos na hora.
— Fiquei sozinha, com medo de que tudo desabasse. Até a polícia veio, mas só olhou por cima e foi embora — desabafou.
E agora?
No dia seguinte, a cena era desoladora: tijolos espalhados, rachaduras nas paredes e um silêncio que só aumentava a sensação de abandono. Vizinhos se solidarizaram, mas ninguém tinha uma solução.
- A empresa de ônibus prometeu reparos, mas não deu prazo.
- A prefeitura alega que vai "analisar o caso".
- Enquanto isso, dona Maria dorme no sofá, longe da área atingida.
E você, o que faria no lugar dela? Será que é justo uma pessoa idosa passar por isso e ficar sem respostas?
Ah, e detalhe: o motorista do ônibus saiu ileso e sequer prestou socorro. Coisa de cinema, não?