Uma madrugada de sábado que prometia ser comum terminou em tragédia nas curvas perigosas da GO-221. O que começou como um passeio rotineiro transformou-se num pesadelo sem volta para duas famílias de Goiás.
Por volta das 3h30, um Toyota Corolla branco — testemunha ocular conta que parecia mais um fantasma na escuridão — perdeu completamente o controle. O que exatamente aconteceu? A polícia ainda investiga, mas as marcas no asfalto contam uma história violenta de múltiplas capotagens.
As Vítimas
Dentro do carro, duas jovens promessas cortadas pela fatalidade. Maria Eduarda Pereira da Silva, apenas 19 anos — sim, a filha do vereador Carlos Alberto (PSD) de Itapaci. E Lucas Gabriel Santos Oliveira, também 19, seu amigo de longa data. Dois jovens que tinham a vida inteira pela frente, reduzidos a estatísticas trágicas num relatório policial.
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado ainda dentro da carcaça metálica que um dia foi um carro. Já Lucas — Deus, como a vida é imprevisível — foi arremessado para fora durante as capotagens. Ambos morreram no local, sem chances contra a violência do impacto.
O Local do Acidente
A GO-221, essa estrada que corta o município de Itapaci como uma serpente asfáltica, já viu outras tragédias. Entre os distritos de Jacilândia e Canabrava, há um trecho particularmente traiçoeiro — e foi justamente ali que o destino pregou sua peça mais cruel.
Testemunhas que chegaram primeiro ao local descrevem uma cena dantesca: pedaços de metal espalhados, vidros estilhaçados brilhando sob as luzes dos socorristas, e aquilo que restou do Corolla — irreconhecível, amassado como papel.
As Consequências
O vereador Carlos Alberto, que deveria estar preocupado com projetos para a cidade, agora enfrenta a dor indescritível de enterrar a própria filha. Uma ironia amarga: o homem público que trabalha para a comunidade, impotente diante da própria tragédia familiar.
O Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO) já iniciou os trabalhos no local, mas a pergunta que fica ecoando é: quantas vidas precisam ser perdidas até que algo mude? As estradas goianas continuam sedento por jovens sonhos, ceifando futuros promissores numa curva mal feita, num segundo de distração.
Enquanto isso, em Itapaci, duas famílias se despedem precocemente. Dois caixões que não deveriam existir. E a GO-221 segue sua rotina mortal, esperando pela próxima vítima.
