
A noite de quinta-feira, 3 de outubro, transformou-se em pesadelo na movimentada Avenida Goiás. O que começou como mais um dia comum terminou em tragédia — daquelas que deixam a cidade de luto e nos fazem questionar: até quando?
Um jovem, cuja identidade ainda não foi totalmente confirmada, cruzava a avenida por volta das 23h30 quando foi surpreendido por um veículo em alta velocidade. O impacto foi violento, brutal mesmo. Testemunhas contam que o som ecoou por toda a rua — um baque seco que ainda parece estar ecoando na memória de quem ouviu.
O motorista e a bebida: uma combinação fatal
O condutor, um homem de 36 anos, tentou fugir do local. Sim, você leu certo: tentou simplesmente deixar tudo para trás. Mas não conseguiu — cidadãos corajosos impediram sua fuga até a chegada da Polícia Militar.
E então veio a confirmação do que muitos já suspeitavam: o teste do bafômetro apontou 0,66 mg/L de álcool no ar alveolar. Um número que, traduzido para a realidade, significa uma decisão errada atrás da outra. Dirigir depois de beber? Inaceitável. Tentar fugir? Ainda pior.
Cenas que chocam
Um vídeo obtido pelo G1 mostra momentos angustiantes. Dá para ver o jovem caído na pista enquanto pessoas se apressam para ajudar. São cenas que preferiríamos nunca ver, mas que servem como alerta cruel sobre os perigos que enfrentamos diariamente nas ruas.
O Samu chegou rápido, mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo de começarem. Os socorristas fizeram de tudo — massagem cardiorrespiratória, os procedimentos de praxe — mas era tarde demais. O jovem não resistiu.
E agora?
O motorista está detido. A Delegacia de Repressão a Crimes de Trânsito assumiu o caso, e ele responderá por homicídio culposo no trânsito. Um termo jurídico que soa distante para quem perdeu um ente querido, mas que representa pelo menos o início de uma busca por justiça.
Enquanto isso, familiares e amigos do jovem se reúnem em luto. Uma vida interrompida no meio do caminho, sonhos truncados, histórias que não serão concluídas. É triste, é revoltante, é completamente evitável.
E você, leitor, já parou para pensar quantas vezes viu alguém pegar o carro depois de algumas cervejas? Quantas vezes fechou os olhos para essa realidade? Pois é — talvez esteja na hora de deixarmos de ser cúmplices silenciosos dessa cultura que mata.