
O asfalto do Distrito Federal virou palco de cenas lamentáveis neste final de semana. Entre sexta e domingo, uma sequência de acidentes graves — alguns com vítimas fatais — expôs o velho problema que insiste em nos assombrar: a combinação explosiva de álcool, imprudência e pé fundo no acelerador.
Não foi um, nem dois. Vários casos se repetiram como um triste déjà vu. O pior? A maioria absolutamente evitável. Quem dirige bêbado não comete acidente, comete crime — e isso precisa ser dito com todas as letras.
O retrato de um fim de semana caótico
Começou na sexta, por volta das 23h. Um carro esportivo, que devia estar em pista de corrida, resolveu fazer das ruas de Brasília seu playground particular. Resultado? Capotamento espetacular na EPTG. O motorista, milagrosamente vivo, apresentava teor alcoólico que deixaria até um urubu bêbado.
Mas espera que tem mais:
- Sábado, madrugada: colisão frontal na DF-075. Um dos condutores — adivinha? — três vezes acima do limite permitido
- Domingo, tarde: motociclista perde controle após ultrapassagem arriscada na via Estrutural. Não usava capacete (claro)
- E pra fechar com chave de ouro: batida múltipla no Plano Piloto envolvendo quatro veículos. Testemunhas falam em racha organizado
O corpo de bombeiros trabalhou feito condenado. E os hospitais? Lotados, como sempre nesses casos.
O eterno problema que ninguém resolve
Você já parou pra pensar por que essa história se repete todo fim de semana? A fiscalização até que existe — mas parece insuficiente diante da avalanche de irresponsabilidade.
Alguns números que dão calafrios:
- 75% dos acidentes graves no DF envolvem álcool
- Velocidade excessiva aparece em 60% das ocorrências
- Finais de semana concentram 40% mais acidentes que dias úteis
E aí vem a pergunta que não quer calar: quando vamos aprender? Porque tecnologia nos carros evolui, mas a burrice humana parece estacionada no século passado.
Enquanto isso, famílias choram. O sistema de saúde sofre. E a conta — essa sempre acaba chegando pra todo mundo.