
O coração de São José dos Campos amanheceu mais pesado nesta sexta-feira. Uma daquelas notícias que ninguém quer receber - uma criança de apenas sete anos perdeu a vida de maneira brutal após ser atropelada no Anel Viário, por volta das 18h30 de quinta-feira.
Segundo testemunhas que ainda parecem estar sob o efeito do choque, o pequeno tentava cruzar a via quando um veículo, talvez em velocidade incompatível com o local, simplesmente não conseguiu evitar a colisão. O motorista, compreensivelmente arrasado, permaneceu no local e cooperou com as investigações.
O socorro chegou rápido, mas já era tarde demais. O Samu fez o que pôde, mas as lesões eram gravíssimas. A criança foi levada às pressas para o Hospital Municipal, onde os médicos travaram uma batalha perdida desde o início. O óbito foi confirmado poucas horas depois.
Um problema que se repete
O que mais dói nesse tipo de situação - além da perda inconcebível de uma vida tão jovem - é que não é a primeira vez que acontece. O Anel Viário já foi palco de outros acidentes fatais, e a comunidade vive questionando se a sinalização e a fiscalização por ali são realmente adequadas.
Moradores da região, com voz trêmula e olhos marejados, contam que sempre temem pela segurança de suas crianças. "A gente vive com o coração na mão", desabafa uma senhora que preferiu não se identificar.
E agora?
A Polícia Militar rodoviária assumiu o caso e vai investigar todos os detalhes. Vão apurar a velocidade do carro, as condições da pista, a visibilidade no momento do acidente... Tudo o que possa ter contribuído para essa tragédia evitável.
Enquanto isso, uma família inteira chora a perda de um pedaço de seu futuro. E uma comunidade se pergunta, mais uma vez, quantas vidas precisarão ser perdidas até que algo mude de verdade na nossa mentalidade no trânsito.
O consolo? Não existe. Só resta a esperança de que essa morte não seja em vão - e que sirva como alerta para que todos nós, motoristas e pedestres, redobremos a atenção nas ruas.