Justiça condena trio a indenizar mãe de jovem morto por moto aquática no Maranhão
Condenados por morte em acidente com moto aquática no MA

O silêncio no tribunal era pesado como chumbo quando a sentença foi lida. Três homens — dois pilotos e o dono da moto aquática — agora estão com os nomes manchados na justiça maranhense. A causa? A morte absurda de um garoto de 19 anos, cheio de sonhos, atingido brutalmente enquanto estava na praia.

O caso, que chocou São Luís em 2022, voltou à tona com a decisão judicial. A mãe do estudante — que preferiu não ter o nome divulgado — finalmente viu um fiapo de justiça. Os réus terão que desembolsar R$ 300 mil por danos morais. Dinheiro que, convenhamos, não traz ninguém de volta.

O dia que virou pesadelo

Era um sábado aparentemente comum na Praia do Calhau. O sol escaldante, típico do Nordeste, e o mar convidativo escondiam a tragédia que se aproximava. Testemunhas contam que as motos aquáticas zuniam como enxames de abelhas — velozes, barulhentas, perigosas.

"Foi tudo rápido demais", lembra um ambulante que viu tudo. "O menino estava na água até a cintura quando a moto veio como um raio. Nem deu tempo de gritar." O impacto foi tão violento que o jovem não resistiu aos ferimentos.

Negligência ou fatalidade?

A defesa tentou argumentar "acidente de percurso". Mas o juiz não comprou a ideia. No papel, ficou claro: excesso de velocidade, área proibida para o veículo e — pasmem — pilotos sem habilitação. Uma combinação explosiva de irresponsabilidade.

O dono da moto, que alugava o brinquedo mortal para turistas, também foi pego no laço. "Quem lucra com o risco alheio deve arcar com as consequências", destacou a sentença, em trecho particularmente ácido.

Enquanto isso, a família tenta reconstruir a vida. "Nenhum valor paga a ausência dele", disse a mãe, em entrevista coletiva emocionada. "Mas pelo menos mostra que a justiça não virou as costas."