
A BR-230, mais conhecida como Transamazônica, testemunhou mais uma cena triste nesta segunda-feira. Por volta das 7h da manhã, o silêncio da região foi quebrado pelo choque violento entre duas motos — uma situação que, infelizmente, já virou rotina demais por aquelas bandas.
O que restou foi um cenário desolador: um homem, ainda não identificado, perdeu a vida no local. A outra pessoa envolvida, também pilotando uma motocicleta, sobreviveu mas precisou ser levada às pressas para o hospital. Dizem que seu estado é grave, mas estável — se é que existe estabilidade depois de um trauma desses.
O Corredor da Morte?
A Transamazônica não é exatamente um passeio no parque. Quem já rodou por lá sabe — trechos esburacados, falta de sinalização adequada e aquela sensação constante de que qualquer descuido pode ser fatal. O acidente aconteceu no km 190, bem na altura do município de Medicilândia, uma região que já viu muita coisa acontecer.
Os bombeiros chegaram rápido, mas o que encontraram foi praticamente irreversível. "Tentamos de tudo", contou um dos socorristas, com aquela voz cansada de quem já viu cenas parecidas muitas vezes. "Mas algumas batalhas a gente perde antes mesmo de começar."
E Agora, José?
Enquanto a Polícia Rodoviária Federal tenta reconstituir os momentos que antecederam a colisão, uma pergunta fica no ar: até quando? A verdade é que a Transamazônica consome vidas com uma frequência assustadora, e ninguém parece ter uma resposta concreta sobre quando isso vai mudar.
Os moradores da região já até se acostumaram — se é que dá pra se acostumar com a morte — a ver esses acidentes. "Todo mês tem um", comentou um comerciante local, balançando a cabeça. "Às vezes dois, três... A gente já nem se surpreende mais."
O corpo da vítima foi encaminhão para o Instituto Médico Legal, enquanto a motocicleta envolvida — ou o que sobrou dela — foi removida do local. Mais um capítulo triste na história dessa rodovia que, em vez de conectar vidas, tem se tornado um palco constante de tragédias.