
Era uma manhã como qualquer outra na TO-222 — até que o som de pneus cantando no asfalto e metal se torcendo mudou tudo. Por volta das 7h30 desta quinta (24), um ciclista (cuja identidade ainda não foi divulgada) teve a vida interrompida brutalmente por um caminhão que, segundo testemunhas, "parecia ter perdido o controle feito um touro numa loja de cristais".
O trecho da rodovia, conhecido pelos moradores como "curva do desespero" — não oficialmente, claro — virou palco de mais uma tragédia anunciada. "A gente vive avisando que aqui é perigoso, mas parece que só aprendem quando acontece o pior", desabafa um comerciante local, que prefere não se identificar.
Detalhes que doem
Do que se sabe até agora (e a Polícia Rodoviária ainda está juntando as peças desse quebra-cabeça triste):
- O impacto foi tão forte que a bike ficou irreconhecível — "parecia um origami de metal", nas palavras de um socorrista
- O motorista do caminhão parou logo após e colabora com as investigações
- Não há indícios de que estivesse embriagado, mas a perícia vai apurar a velocidade
E enquanto os papéis se acumulam na delegacia, uma família inteira chora a perda de alguém que, provavelmente, só queria curtir o vento no rosto numa manhã de julho.
O eterno problema
Essa não é a primeira — e temo que não será a última — vez que a TO-222 vira notícia por motivos errados. Só este ano, já foram 7 acidentes graves nesse mesmo trecho. E olha que nem estamos falando de chuva ou neblina — estava um dia claro, quase bonito, pra pedalar.
Os especialistas em trânsito (aqueles que a gente sempre ignora até dar merda) já cansaram de alertar: falta sinalização, falta conscientização, falta... bom, falta um monte de coisa. Enquanto isso, as estatísticas continuam sangrando.
PS: Se você conhece alguém que insiste em pedalar sem capacete ou em caminhões que "só ultrapassam rapidinho", mostre essa matéria. Pode ser a última chance de evitar outra manchete igual.