
Era pra ser mais um daqueles dias especiais, sabe? Aquele frio na barriga antes do jogo do time do coração. Mas o que começou como uma viagem de alegria terminou em tragédia nas curvas perigosas da BR-262, próximo a Pará de Minas.
Por volta das 11h da manhã desta quarta-feira, um Fiat Argo seguia tranquilamente pela rodovia quando, sem explicação aparente, o motorista perdeu completamente o controle do veículo. O carro capotou várias vezes — testemunhas disseram que foi tudo muito rápido, assustadoramente rápido.
O sonho que virou pesadelo
Dentro do carro, Jefferson Alves Ferreira, de 35 anos, e sua companheira, cujo nome ainda não foi divulgado, cantavam provavelmente os hinos do Cruzeiro. Estavam a caminho de Belo Horizonte, animadíssimos para assistir ao jogo contra o Botafogo. Torcedores fanáticos, segundo amigos.
Jefferson não resistiu aos ferimentos. Morreu no local. Já sua companheira foi levada às pressas para o Hospital Regional de Pará de Minas, mas — ah, a vida é tão injusta — também não conseguiu sobreviver. Os médicos lutaram, tentaram de tudo, mas os traumas eram graves demais.
O time se despede
E o Cruzeiro? Soube da notícia e imediatamente preparou uma homenagem que dói no peito. Durante o jogo no Mineirão, o clube exibiu uma mensagem emocionante no placar eletrônico: "Em memória dos torcedores Jefferson e acompanhante". Simples, mas carregada de significado.
Torcedores próximos à família contaram que Jefferson era daquelas pessoas que vivem e respiram futebol. Trabalhava como servidor público, era querido por todos — do tipo que faria qualquer coisa pelos amigos. E agora, partiu justamente quando mais esperava por um momento de alegria.
Estrada que preocupa
A BR-262, ah, essa rodovia... Quem trafega por ela conhece os riscos. Trechos sinuosos, ultrapassagens perigosas — um verdadeiro desafio até para motoristas experientes. O Corpo de Bombeiros esteve no local rapidamente, mas o que encontraram foi apenas destruição e saudade.
A Polícia Rodoviária já abriu investigação para entender exatamente o que aconteceu. Seria sono? Algum problema mecânico? Distração? As perguntas ficam no ar, sem respostas que possam aliviar a dor da família.
Enquanto isso, em Belo Horizonte, o jogo continuou — a vida segue, mesmo quando parte de nós para. Mas o Mineirão carregou, naquela noite, um silêncio diferente entre os gritos de gol. O futebol perdeu dois dos seus. E uma família perdeu tudo.