Tragédia em Mato Grosso: Carreta fora do horário permitido colide e deixa 11 mortos e mais de 40 feridos
Carreta em horário proibido causa tragédia com 11 mortos em MT

O que era pra ser mais uma noite tranquila nas estradas de Mato Grosso virou um pesadelo. Uma carreta, que nem deveria estar rodando naquele horário, acabou protagonizando uma das piores tragédias recentes no estado. Onze vidas perdidas. Mais de quarenta pessoas feridas. E uma pergunta que não quer calar: até quando?

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o caminhão envolvido no acidente estava trafegando fora do horário permitido — algo que, convenhamos, não é exatamente novidade nas nossas estradas. Mas dessa vez, o preço foi alto demais.

O que sabemos até agora

O acidente aconteceu na BR-163, trecho que já foi palco de outras tragédias. A carreta, carregada até o talo (como quase sempre estão), perdeu o controle e colidiu com outros veículos. O estrago foi tão grande que os bombeiros levaram horas pra conseguir retirar todas as vítimas dos destroços.

Testemunhas contam que ouviram um barulho ensurdecedor — "parecia um trovão", disse um morador local que preferiu não se identificar. Quando chegaram ao local, a cena era de caos completo: vidros estilhaçados, metal retorcido e gente desesperada tentando ajudar como podia.

Horário proibido: a regra que ninguém respeita

Aqui vai o que mais revolta: a PRF confirmou que o caminhão estava circulando entre 22h e 5h, período proibido pra veículos desse porte. "É uma prática comum, mas não menos perigosa", admitiu um agente que pediu pra não ser nomeado. E completou: "Quando dá merda, dá grande".

Não é a primeira vez que isso acontece. Nem vai ser a última, infelizmente. A fiscalização existe, mas parece que só funciona depois que a tragédia já aconteceu. Enquanto isso, as estradas continuam sendo um campo minado pra quem se aventura nelas à noite.

As vítimas

Entre os mortos, três eram de uma mesma família que voltava de uma festa de aniversário. Crianças. Sim, crianças. Outros eram caminhoneiros que estavam no lugar errado na hora errada. Os feridos foram levados pra hospitais da região, alguns em estado gravíssimo.

Os hospitais de Cuiabá e região entraram em estado de alerta. "A gente se prepara, mas nunca tá pronto pra uma tragédia dessas", confessou uma enfermeira do pronto-socorro local, visivelmente abalada.

E agora?

A PRF prometeu intensificar a fiscalização — como sempre promete depois desses casos. Mas você acredita? Eu tenho minhas dúvidas. Enquanto a impunidade for a regra, os caminhoneiros vão continuar arriscando. E a conta, como sempre, vai ser paga por quem não tem nada a ver com isso.

O governador já se manifestou, prometendo "medidas enérgicas". Já ouvimos isso antes, não? O que falta é ação. E vontade política. E fiscalização que funcione de verdade, não só quando a tragédia vira manchete.