
Imagine só: uma serra sinuosa, neblina densa e, de repente, caminhões pesados avançando na contramão como se estivessem em um filme de ação. Foi exatamente isso que agentes da PRF encontraram durante uma operação de rotina na BR-277, no Paraná. E tem mais — alguns desses motoristas estavam claramente sob efeito de álcool. Sério, dá pra acreditar?
Segundo relatos dos policiais, a situação foi tão absurda que parecia cena de ficção. Dois caminhoneiros foram abordados após colocarem em risco a vida de dezenas de pessoas. Um deles, com quase o dobro do limite de álcool permitido no sangue, insistia que estava "só um pouquinho alegre". O outro, além de bêbado, ainda tentou justificar a direção na contramão dizendo que "encurtava o caminho".
Risco calculado ou pura imprudência?
A BR-277, especialmente no trecho da serra, já é conhecida por acidentes graves — e esses motoristas transformaram a estrada em um verdadeiro campo minado. Os agentes relataram que, em um dos casos, o caminhão chegou a fechar três carros pequenos contra o guard-rail antes de ser interceptado.
"É como jogar roleta russa com vidas alheias", desabafou um dos policiais, que pediu para não ser identificado. E ele tem razão: a combinação de embriaguez, contramão e serra é receita para tragédia.
As consequências
- Veículos apreendidos imediatamente
- Carteiras de habilitação retidas
- Processos por embriaguez ao volante e direção perigosa
- Multas que podem chegar a R$ 5 mil
O pior? Isso não é caso isolado. Só neste ano, a PRF já flagrou 17 situações similares nesse mesmo trecho. Alguns motoristas profissionais parecem tratar a estrada como território sem leis.
Enquanto isso, quem trafega pela BR-277 com responsabilidade fica com a pulga atrás da orelha: será que o próximo "atalho" bêbado não vai cruzar seu caminho? A PRF prometeu intensificar a fiscalização, mas a verdade é que consciência não se multa — se tem, ou não tem.