Era por volta das 6h30 da manhã quando o silêncio da PR-323 foi quebrado por um estrondo ensurdecedor. Um caminhão carregado até a boca com sacos de fertilizantes — coisa de 30 toneladas, segundo os bombeiros — decidiu que a pista reta era lugar bom para dar uma cambalhota. O resultado? Uma cena digna de filme catástrofe.
O motorista, um senhor de 58 anos que (milagre!) saiu praticamente ileso, contou que perdeu o controle depois de uma suposta falha mecânica. "O volante ficou duro de repente, aí já viu...", disse ele, ainda tremendo, enquanto os socorristas o atendiam. Coisa fina, hein?
Operação desastre
Quando a Polícia Rodoviária chegou, o cenário era digno de pesadelo:
- O trecho virou um tapete branco de pó químico
- Os sacos rasgados espalharam fertilizante como neve artificial
- O cheiro forte de nitrogênio deixou até os mais durões com náuseas
Os bombeiros trabalharam feito formiguinhas — primeiro para garantir que não havia vazamento perigoso, depois naquela faxina danada que durou quase 8 horas. Enquanto isso, os coitados que precisavam passar pela rodovia tiveram que dar uma volta gigante por estradas secundárias.
Efeito dominó
O pior? Esse trecho da PR-323 já é famoso por ser problemático. Só neste ano, foram 4 acidentes graves num raio de 10 km. Moradores reclamam que a sinalização é "capenga" e que o asfalto tem mais remendo que calça de surfista dos anos 90.
"Toda semana tem quase um acidente aqui. Dessa vez foi um caminhão, mas já vi de tudo — desde carreta até moto voando", contou um comerciante da região, que preferiu não se identificar (provavelmente pra não arrumar confusão com os políticos locais).
Agora é torcer para que o Departamento de Estradas prometa mais do que apenas "vistoriar a situação". Porque, convenhamos, depois do quarto acidente, já passou da hora de botar a mão na massa, não?
