
Imagine uma rodovia onde cada curva esconde um perigo invisível. Na BR-101 Sul, em Santa Catarina, essa ameaça tem nome e sobrenome: imprudência no volante. Dados recentes mostram que o trio infernal — velocidade acima do permitido, álcool e falta de atenção — continua ditando as regras desse jogo mortal.
Não é exagero. Basta um segundo de deslize para transformar uma viagem rotineira em tragédia. E olha que a coisa tá feia: motoristas parecem ter esquecido que pista não é pista de corrida, muito menos que celular e direção são combinação explosiva.
Os números que não mentem
As estatísticas são implacáveis. Nos últimos meses, o trecho catarinense da BR-101 virou palco de cenas que ninguém quer ver. E o pior? Quase 70% dos acidentes poderiam ter sido evitados com atitudes simples:
- Respeitar os limites de velocidade (aquela placa não tá lá de enfeite)
- Deixar o copo de lado quando for pegar a estrada
- Guardar o celular como se fosse ouro — porque, no fim das contas, vida vale mais
Ah, e tem mais: quem pensa que só caminhão causa acidente tá redondamente enganado. Carros de passeio lideram o ranking das batidas feias.
Quando a pressa vira inimiga
"Mas eu tô atrasado!" — quantas vezes essa desculpa já justificou uma ultrapassagem arriscada? Pois é, o problema é que atraso no trabalho se resolve, já acidente... bom, esse às vezes não tem conserto.
Especialistas em trânsito são categóricos: dirigir exige atenção total. Não adianta achar que dá pra dividir o foco entre a estrada e aquela mensagem "urgente". O cérebro humano simplesmente não foi feito pra multitarefa no trânsito.
E olha que curioso: nos horários de pico, quando o movimento aumenta, os acidentes diminuem. Parece que o medo do engarrafamento faz as pessoas dirigirem melhor. Ironia ou lição?
Álcool: velho conhecido, velho problema
Todo mundo sabe, mas parece que ninguém aprende. Misturar álcool e direção é como brincar de roleta russa — só que colocando outras vidas na jogada também.
Os bares próximos à rodovia são testemunhas silenciosas desse problema. Muita gente ainda acha que "duas cervejinhas" não afetam, mas os exames de alcoolemia contam outra história. E o pior? Muitos desses motoristas nem parecem bêbados — o que prova que o perigo mora na sutileza.
Se tem uma coisa que a BR-101 Sul tá ensinando — à força, infelizmente — é que segurança no trânsito não é questão de sorte, mas de escolha. E as escolhas, bem... essas a gente faz antes mesmo de ligar o carro.