Audiência sobre morte de ciclista é suspensa em Petrolina: laudo sobre embriaguez do motorista some do processo
Audiência sobre morte de ciclista suspensa em Petrolina

Era pra ser mais um dia comum no Fórum de Petrolina, mas a audiência sobre o atropelamento que tirou a vida de um ciclista virou um verdadeiro quebra-cabeça jurídico. Do nada — ou melhor, do meio do processo — sumiu o laudo que poderia provar se o motorista estava com uma cara de pinga no momento do acidente.

O juiz, claro, não teve escolha a não ser suspender tudo. "Sem esse documento, é como tentar fazer feijoada sem feijão", reclamou um dos advogados, enquanto os familiares da vítima olhavam pra parede com aquela cara de quem já viu esse filme antes.

O que se sabe até agora?

O acidente rolou numa curva perigosa da BR-407, onde o ciclista — um cara que só queria chegar em casa depois do trabalho — foi colhido por um carro em alta velocidade. Testemunhas juram de pé junto que o motorista tava dirigindo igual louco, mas sem o exame de alcoolemia... Bem, você sabe como é.

  • A defesa do motorista insiste que não há provas concretas de embriaguez
  • O Ministério Público pediu pra apressar a reapresentação do laudo
  • Parentes da vítima organizam protesto em frente ao Fórum

Enquanto isso, o pessoal do Detran tá se coçando pra explicar como um documento desses simplesmente evaporou. "Pode ter sido erro de protocolo, pode ter sido azar, pode ter sido...", diz um servidor que preferiu não se identificar. Convenhamos — num caso desse nível, "pode ter sido" não cola mais.

E agora?

A próxima data marcada é daqui a 15 dias, mas todo mundo sabe que esse prazo é mais otimista que previsão do tempo no sertão. Enquanto a justiça não anda, a família do ciclista fica nesse limbo — entre a dor da perda e a raiva da impunidade que ronda casos assim como urubu em acidente.

Ah, e se você tá pensando "isso só acontece aqui", é bom lembrar que só no primeiro semestre deste ano, Pernambuco registrou 37 mortes no trânsito envolvendo embriaguez. Números que, convenhamos, deixam qualquer um com aquele gosto amargo na boca — e não é de cachaça.