Era um dia como qualquer outro no sertão baiano — até que o inesperado aconteceu. Por volta das 14h desta segunda-feira (5), um estrondo ensurdecedor cortou o ar na BR-242, próximo ao município de Barreiras. Testemunhas afirmam que o barulho foi tão forte que assustou até o gado nas fazendas vizinhas.
Segundo informações preliminares — ainda não confirmadas oficialmente —, um caminhão carregado de grãos perdeu o controle após um pneu estourar. O veículo, que vinha em alta velocidade, teria invadido a pista contrária e colidido frontalmente com uma van de transporte coletivo.
Caos no local
A cena era dantesca. Pedaços de metal retorcido, vidros estilhaçados e grãos espalhados por toda a pista. "Parecia um filme de terror", descreveu um motoboy que passava pelo local e parou para ajudar.
Os primeiros socorros foram realizados por moradores da região, que usaram até cintos e pedaços de tecido para estancar sangramentos. Demorou cerca de 40 minutos — uma eternidade em situações assim — para que as equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros chegassem ao local.
As vítimas
Até o momento, sabe-se que:
- 3 pessoas foram levadas em estado grave para o Hospital Regional
- 5 apresentavam ferimentos leves
- O motorista do caminhão saiu praticamente ileso — ironia do destino
Os passageiros da van, segundo relatos, eram trabalhadores rurais que voltavam para casa após o almoço. Familiares desesperados se aglomeraram no pronto-socorro, alguns sem sequer saber se seus entes queridos estavam entre as vítimas.
Operação pós-acidente
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) teve que interditar a pista por mais de 5 horas. O trânsito foi desviado por uma estrada vicinal — aquelas de terra batida que só quem é do interior conhece bem.
Enquanto isso, peritos trabalhavam para:
- Recolher provas do local
- Fazer a reconstituição do acidente
- Verificar possíveis falhas mecânicas
Uma curiosidade: O trecho onde ocorreu o acidente é conhecido como "Curva do Descanso" — nome que hoje soa como uma piada de mau gosto.
O que mais chocou os agentes foi o estado dos freios do caminhão. "Pareciam ter sido negligenciados há semanas", comentou um dos investigadores, pedindo para não ser identificado.
Enquanto as investigações continuam, uma pergunta paira no ar: quantas tragédias como essa serão necessárias para que a segurança no trânsito seja levada a sério? No interior, onde a fiscalização é mais frouxa, muitos motoristas parecem acreditar que as regras são apenas sugestões.
