
Era por volta das 3h da madrugada quando o silêncio da Dutra foi quebrado por um barulho ensurdecedor. Um caminhão, carregando quem sabe o quê — talvez esperança, talvez rotina —, acabou com a vida de um homem que, até então, era só mais um anônimo na escuridão.
O trecho da rodovia, perto do km 99 em Caçapava, virou palco de uma cena que nenhum cineasta gostaria de filmar. Testemunhas (as poucas que estavam acordadas naquela hora) disseram que o homem simplesmente... apareceu. Do nada. Como um fantasma que resolveu cruzar a pista no pior momento possível.
O que se sabe até agora?
- Vítima: homem, idade ainda não divulgada — mas não era jovem, segundo os bombeiros
- Local: faixa da esquerda, sentido Rio-SP (porque claro, sempre é a faixa mais perigosa)
- Horário: 3h17, segundo o relógio de um caminhoneiro que quase se envolveu no desastre
A Polícia Rodoviária chegou rápido — ou pelo menos foi o que parecia para quem esperava na fila de carros que se formou depois. Eles isolaram a área com aquela fita amarela que todo mundo já viu em filme policial, mas que na vida real só traz um frio na barriga.
"Nunca vi nada assim", disse um motoboy que passava pelo local. "O cara deve ter achado que dava tempo..."
E o motorista?
Ah, o motorista. Ele parou, óbvio. Mas não adiantava muito — o estrago já estava feito. Segundo os policiais, ele estava em choque, repetindo que "não viu o homem". Será? Naquela hora da madrugada, com a rodovia quase deserta? Difícil acreditar, mas a investigação vai apurar.
Enquanto isso, a Dutra segue sendo o que sempre foi: uma linha reta cheia de histórias tristes. E Caçapava — essa cidade que muitos só conhecem pela placa na estrada — hoje acordou com mais uma manchete que ninguém queria ler.