
A tarde de segunda-feira, 22, que começou com um céu claro sobre a BR-262, terminou em tragédia no trecho que corta Perdizes, no Centro-Oeste de Minas. Por volta das 16h30, o que seria mais um trajeto comum se transformou num cenário de horror. Uma caminhonete S10 e um caminhão se encontraram de frente, numa colisão de consequências fatais.
O barulho, diz quem ouviu de longe, foi seco e assustador. Na hora, o tráfego simplesmente parou. A S10, que seguia no sentido Araguari, e o caminhão, no contrário, se encontraram de uma forma que não deixou chance. O motorista da caminhonete, ainda não identificado oficialmente, ficou preso nas ferragens. Um trabalho difícil, daqueles que exigem calma e técnica, esperou pelas equipes do Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais (CBMMG).
Eles conseguiram resgatá-lo, mas a esperança já era pouca. O homem, único ocupante do veículo, não resistiu aos ferimentos graves. A morte foi confirmada no local. Já o motorista do caminhão, por um daqueles mistérios do destino, saiu praticamente ileso. Assustado, é claro, mas com vida.
Estrada Interditada e Operação da PRF
Enquanto os bombeiros trabalhavam no resgate, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) assumiu o controle da situação. A BR-262 teve que ser interditada totalmente. Imagina o caos? Carros, caminhões, ônibus… tudo parado numa fila que parecia não ter fim, enquanto os peritos tentavam entender os pedaços da história espalhados no asfalto.
A interdição, como era de se esperar, se estendeu pela noite. Só por volta das 21h, quase cinco horas depois do acidente, é que a pista foi liberada. Tempo suficiente para lembrar a todo mundo que, num segundo, tudo pode mudar numa rodovia.
As Perguntas que Ficam no Ar
O que teria causado uma colisão frontal daquelas? Falta de atenção? Uma ultrapassagem mal calculada? Problema mecânico? A PRF ainda está apurando as causas, e a verdade é que, no momento, só os envolvidos sabiam. E um se foi sem poder contar sua versão.
Acidentes como esse são um soco no estômago. Deixam aquele gosto amargo de que uma vida inteira foi interrompida num trecho de estrada, num dia comum. Uma família inteira começa uma semana de luto, enquanto o trânsito, mais cedo ou mais tarde, volta ao normal, como se nada tivesse acontecido. É cruel, mas é a realidade das nossas rodovias.
Agora, resta aguardar os detalhes da investigação e a identificação da vítima. Enquanto isso, a BR-262 segue seu curso, carregando na memória o peso de mais uma história truncada pelo volante.