A rotina pacata de um domingo qualquer em Rondonópolis foi brutalmente interrompida por uma cena de horror. Lá estava ela, a BR-364, palco de mais uma tragédia anunciada que ceifou precocemente dois sonhos. Por volta das 7h30, o que deveria ser um trajeto comum transformou-se num pesadelo sem retorno.
Duas jovens – sim, duas vidas cheias de planos – seguiam numa moto Honda CG 160. Trabalhavam numa pizzaria, imagino eu, batalhando para construir um futuro. Quem diria que o caminho de volta para casa, ou quem sabe rumo ao trabalho no fim de semana, seria o último? De repente, um choque violento. Um carro, um modelo Toyota Corolla, cruzou o seu caminho de forma irreversível.
O impacto foi de uma violência absurda. Não deu tempo para nada. A gente sempre acha que essas coisas acontecem com os outros, até que um dia... O som dos metais se contorcendo deve ter ecoado pela rodovia, um ruído seco seguido por um silêncio aterrador.
As Vítimas da Tragédia
Eram elas: Jéssica Hellen da Silva, com apenas 22 anos. A vida mal havia começado direito. E Maria Eduarda Alves, ainda mais nova, apenas 18 primaveras. Uma praticamente uma criança, cara. O que será que elas esperavam do domingo? Um almoço em família? Descansar para a semana que se iniciava? A frieza dos boletins de ocorrência nunca conta essas histórias.
Os socorros chegaram rápido, é verdade. O Samu e o Corpo de Bombeiros correram para o local. Mas, às vezes, a velocidade não é suficiente contra a fatalidade. Elas já estavam sem vida quando os profissionais chegaram. Uma notícia daquelas que aperta o peito de qualquer um, ainda mais numa cidade do interior onde todo mundo praticamente se conhece.
O Que Resta da Investigação
A Polícia Militar Rodoviária agora tenta desvendar os minutos que antecederam a colisão. O motorista do carro, um homem – detalhe importante – sobreviveu. Ele foi levado para um hospital da região, mas não há informações sobre seu estado. Será que foi um momento de distração? Um erro de cálculo? O sol da manhã atrapalhando a visão? As especulações são muitas, mas a verdade é que duas famílias estão despedaçadas.
E aí você para e pensa: quantas vezes não pegamos a estrada sem dar muita bola? Esse acidente serve como um daqueles alertas dolorosos. A BR-364, vital para o estado, mostra mais uma vez sua face perigosa. Já perdemos a conta de quantas vidas foram embora por ali.
Rondonópolis hoje chora suas filhas. A pizzaria onde trabalhavam deve estar com um clima pesado, impossível não estar. Colegas de trabalho transformados em familiares de luto. É uma daquelas histórias que a gente lê e torce para ser ficção, mas é a mais pura e crua realidade mato-grossense. Que descanse em paz, Jéssica e Maria Eduarda. E que as famílias encontrem forças onde, hoje, parece só haver um vazio sem fim.
