
Imagine uma fábrica onde quase nada vai para o lixo. Parece utopia? Pois em Santa Catarina, isso já é realidade palpável — e impressionante.
A Tintas Vergínia, localizada naquele estado, está dando um verdadeiro baile em termos de sustentabilidade. A empresa conseguiu um feito e tanto: transforma nada menos que 98% de todos os resíduos gerados em sua produção em produtos totalmente novos. Sim, você leu direito — apenas 2% vai de fato para aterros.
Como Eles Conseguem?
O segredo está num sistema de gestão que beira a obsessão — no bom sentido, claro. Eles separam tudo, mas tudo mesmo. Desde embalagens plásticas e metálicas até aqueles restos de tinta que parecem impossíveis de reaproveitar.
- Embalagens de plástico e papelão: Vendidas para recicladoras, gerando renda extra e evitando extração de nova matéria-prima.
- Latas de metal: Limpas e compactadas, seguem direto para siderúrgicas.
- Resíduos de tinta e solventes: Aqui é onde a mágica acontece. Eles são tratados e incorporados em massas e texturas, virando novos produtos.
Não é só uma questão de imagem — embora a imagem fique ótima, não é mesmo? A economia é brutal. Só no ano passado, a empresa deixou de gastar uma pequena fortuna com descarte e ainda faturou com a venda de materiais.
O Que Dizem Por Lá?
O coordenador ambiental, um sujeito que parece respirar sustentabilidade, soltou uma frase que resume tudo: "A gente encara o resíduo não como problema, mas como oportunidade de negócio". E olha, faz todo o sentido.
Os funcionários, que no início estranharam a nova rotina de separação minuciosa, hoje são os maiores defensores do sistema. Virou motivo de orgulho — e até de vaidade no chão de fábrica.
E o Meio Ambiente? Agradece.
Pensa na quantidade de lixo que deixou de ser enterrado. Pensa na água e energia economizadas por não precisar produzir tudo do zero. O impacto é monstruoso — no bom sentido, é claro.
Esse caso em Santa Catarina não é só um exemplo. É uma prova concreta, um farol mostrando que a tal da economia circular não é papo furado de ambientalista — é negócio sério, rentável e necessário.
Outras indústrias já estão de olho. Quem sabe não surge um efeito dominó, com cada vez mais fábricas repensando seu lixo? Uma canetada dessas, vinda da iniciativa privada, vale mais que mil discursos.