
E aí, o Planalto tá praticamente em estado de sítio. Não é brincadeira não. O que aconteceu? O senador Eduardo Girão (Novo-CE), que tá como relator daquela CPMI das rachadinhas — sabe, aquela comissão que tá enrolando há meses — decidiu dar uma de bombeiro piromaníaco e jogar gasolina na fogueira política.
Parece que o cara, do nada, resolveu apoiar publicamente a galera do União Brasil que tá querendo pular fora do barco do governo. E olha, não foi um mero 'acho que talvez'. Foi na veia mesmo. Girão basicamente deu um aval e disse: 'Pula fora, time!'.
E adivinha só? No Planalto, o clima ficou pesado. A reação foi imediata — e não foi bonita. Os assessores mais próximos de Lula tão com aquela cara de quem tomou um susto feio. E não é pra menos. O União Brasil não é qualquer um não. É a segunda maior bancada na Câmara, com uns 59 deputados. Perder isso aí é como levar um golpe de direita no estômago. Dói. E dói muito.
Mas por que Girão faria isso?
Bom, aí é que tá. O senador não é exatamente um amiguinho do Planalto. Ele mesmo admitiu que tá de saco cheio da forma como o governo tá conduzindo as coisas — ou melhor, não conduzindo. Ele criticou abertamente a falta de transparência, os acordos por baixo dos panos e a sensação geral de que tá todo mundo só enrolando.
E não para por aí. Girão ainda soltou uma que deve ter doído mais que pinga em olho machucado: ele insinuou que, se o União Brasil sair, outros partidos podem seguir o exemplo. Tipo um efeito dominó do caos. Imagine a cena.
E o governo? Como reagiu?
Panic mode ativado. Imediatamente. Líderes governistas já tão correndo pra fazer damage control. Teve ligação, reunião de emergência, promessa de conversa — o pacote completo de desespero político.
Mas sabe como é. Quando a confiança quebra, é difícil colar os cacos de volta. E Girão, com essa jogada, não só quebrou como jogou no chão e pisoteou.
O pano de fundo tudo isso? A CPMI que não anda — e que, pra muitos, já nasceu morta. Girão mesmo reclamou da falta de estrutura, de apoio e de seriedade. Ele praticamente chamou a comissão de farsa. E agora, com essa declaração, ele botou o governo contra a parede.
Ou o governo se mexe e mostra que leva a sério — ou pode ver o castelo de cartas desmoronar. E rápido.
Enquanto isso, no União Brasil, a turma do 'vamos sair' ganhou um reforço de peso. Eles já vinham ameaçando faz tempo, mas agora tão com um argumento a mais: até o relator da CPMI acha que é hora de cair fora.
Resumindo: o Planalto tá com um problema grave nas mãos. E o pior? Eles mesmos podem ter criado essa bomba-relógio.