
Não é todo dia que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aparece na lista de finalistas de um dos prêmios literários mais prestigiados do país. Mas, cá entre nós, Alexandre de Moraes não é exatamente um figurante no cenário nacional — e agora sua obra acadêmica está sob os holofotes.
O livro em questão, uma análise afiada sobre o fenômeno do populismo digital extremista, garantiu ao jurista uma vaga cobiçada entre os finalistas do Prêmio Jabuti na categoria acadêmica. E olha que a concorrência não é brincadeira — estamos falando de trabalhos que, literalmente, moldam o pensamento crítico no Brasil.
Por que esse livro está causando burburinho?
Moraes, que já foi chamado de tudo (desde “herói democrático” até “inimigo da liberdade”, dependendo de quem você pergunta), mergulha de cabeça no pantanal das redes sociais. Seu ponto? Demonstrar como algoritmos e discursos inflamados podem virar uma combinação explosiva — tipo gasolina e fogo, só que com mais likes.
- Dados concretos: O ministro não fica só no blá-blá-blá teórico. Ele traz números, casos reais e até prints (sim, aqueles que viralizam no WhatsApp).
- Contexto histórico: Compara o fenômeno atual com movimentos populistas do século XX — e as semelhanças assustam.
- Críticas ácidas: Não esperem meias-palavras quando o assunto são plataformas que lucram com polarização.
Ah, e tem um detalhe saboroso: parte da pesquisa foi feita durante os processos judiciais mais turbulentos dos últimos anos — quem acompanha o noticiário sabe do que estamos falando.
O Jabuti e a política: um casamento incomum?
O prêmio, tradicionalmente dominado por romances e poesias, parece estar abrindo espaço para debates urgentes. “É sintomático”, comenta um editor anônimo. “Quando um livro acadêmico sobre temas quentes chega à final, é porque a sociedade está pedindo por essa conversa.”
Se Moraes levar o prêmio (e isso ainda é um ‘se’ gigantesco), será a primeira vez que um ministro em exercício do STF recebe a honraria. Algo entre “reconhecimento merecido” e “polêmica na certa”, dependendo do seu posicionamento político.
Enquanto isso, nas redes sociais, o assunto já divide opiniões — ironicamente, confirmando a tese central do livro. Nas palavras de um tuíte viral: “Querem dar prêmio pra quem cala a boca dos outros?”. Já outro responde: “Ler antes de criticar deveria ser obrigatório”. E assim seguimos.
A cerimônia de premiação acontece em novembro. Até lá, uma coisa é certa: esse livro já ganhou — pelo menos — o prêmio de “conversa de bar inteligente”.