
Pois é, não dá mais para fingir que não aconteceu. Valdemar Costa Neto, aquele que comanda o PL, partido do próprio Bolsonaro, simplesmente jogou uma granada no centro do tabuleiro político. E o estrago foi total.
Em um daqueles momentos que ficam na história, ele admitiu o que muita gente já desconfiava, mas ninguém no alto escalão tinha a coragem – ou a falta de juízo – de dizer em voz alta: sim, houve um planejamento para um golpe de Estado depois que os resultados das urnas em 2022 não foram… bem, do agrado deles.
O Recado Que Não Sussurrou, Gritou
E não pense que foi um deslize, um lapso qualquer. Pelo contrário. A fala de Valdemar soou muito mais como um recado direto, cortante, para o ex-presidente. Algo como: “Chega, vamos parar com essa loucura antes que afunde todo mundo”. Uma tentativa desesperada, talvez, de frear a narrativa mais radical que ainda circula em certos grupos.
O pano de fundo? A pressão está aumentando de um jeito que não dá mais para ignorar. A Polícia Federal nas costas, investigações avançando… a casa simplesmente começou a cair. E alguém decidiu que era hora de tentar salvar os móveis.
E Agora, José?
O que isso significa para o futuro? Cara, é difícil dizer. De um lado, você tem uma base bolsonarista ultra-radicalizada que não vai engolir essa de boa. Vão ver a admissão de Valdemar como pura traição, uma capitulação covarde.
Do outro, o establishment político tradicional, incluindo aliados mais moderados, deve estar respirando aliviados. É um salva-vidas inesperado em um mar de absurdos. Será que o próprio Bolsonaro vai ouvir o apelo? Ou vai continuar navegando no navio que já começou a fazer água?
A única certeza é que o jogo mudou. E mudou pra valer. Admitir o planejamento é um ponto de não retorno. Resta saber quem vai ser o próximo a pular do barco.