
O clima no Senado Federal tá mais quente que caldeirão de siderúrgica. E não é pra menos: enquanto a mini CPI dos Correios esquenta os ânimos, o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) solta o verbo e crava que a privatização é o único caminho viável para a empresa.
Não é de hoje que os Correios dão dor de cabeça — todo mundo já passou pelaquele desespero de encomenda que some no limbo dos centros de distribuição. Mas a discussão agora ganhou contornos dramáticos, com direito a investigação parlamentar e tudo.
O Discurso que Acelerou o Debate
Pereira, que não é nenhum novato nessas brigas — lembra dele na presidência da Câmara? — foi direto ao ponto. "A gente precisa parar com essa romanticização do Estado empresário", disparou, com a convicção de quem já viu esse filme antes. "Os Correios estão defasados tecnologicamente, com problemas de gestão sérios e não conseguem competir no mercado atual."
E olha, ele tem números pra embasar a tese. Só no ano passado, os prejuízos bateram na casa dos bilhões. É dinheiro que deixa de ser investido em saúde, educação e segurança pra tapar buraco de empresa que, na visão dele, deveria ser gerida pela iniciativa privada.
E a Tal da Mini CPI?
Enquanto isso, no Senado, a comissão parlamentar de inquérito mira supostas irregularidades na estatal. Tem denúncia de desvio de verba, superfaturamento e até acusações de perseguição política interna. Um verdadeiro vespeiro que, convenhamos, não ajuda em nada a imagem já combalida dos Correios.
Os parlamentares que comandam a investigação prometem "apurar tudo até as últimas consequências". Mas cá entre nós: quantas CPIs a gente já viu naufragar em meio a interesses políticos e jogos de poder?
O Outro Lado da Moeda
Claro que a defesa da privatização não é unânime. Sindicatos e parte dos funcionários temem demissões em massa e a perda de serviços essenciais para regiões remotas do país — onde, convenhamos, nenhuma empresa privada vai querer operar se não der lucro.
"É um patrimônio do povo brasileiro", argumentam os opositores. "Vender os Correios é abrir mão da soberania nacional sobre um serviço estratégico."
Mas Pereira contra-argumenta: "O que adianta ter soberania se o serviço é precário? O usuário não quer ideologia, quer eficiência."
E Agora, José?
O debate tá longe de terminar. Com a CPI em andamento e o governo federal em saia justa — afinal, privatizar ou não privatizar? — a tendência é que a discussão esquente ainda mais nos próximos meses.
Uma coisa é certa: o destino dos Correios vai definir muito mais que o futuro de uma empresa estatal. Vai sinalizar que rumo o país pretende tomar na eterna discussão entre Estado e mercado.
E você? Apoia a privatização ou acha que os Correios devem continuar nas mãos do governo? O debate tá aberto — e promete render muita tinta nos jornais.