Aposta de Filipe Martins em Mendonça: O Plano que Virou Pó no Planalto
Aposta de Filipe Martins em Mendonça não vingou

Pois é. A jogada parecia de mestre – daquelas que seriam capazes de mudar o tabuleiro do poder em Brasília. Filipe Martins, um dos estrategistas do núcleo duro do governo anterior, fez uma aposta arriscadíssima. Seu cavalo na corrida? Ninguém menos que André Mendonça.

O plano, contudo, simplesmente não vingou. Desmontou-se antes mesmo de ganhar os ares grandiosos que seus idealizadores imaginaram. A expectativa era altíssima, é verdade. Mas, no frigir dos ovos, o que restou foi pouco mais que um amontoado de boas intenções e cálculos que não fecharam.

Uma Estratégia que Não Engrenou

Martins, conhecido por suas análises afiadas e sua visão de jogo, acreditou piamente que Mendonça era a peça chave. A ideia era simples, quase óbvia para alguns: colocar um nome de confiança absoluta no STF, um aliado inquestionável. Um movimento que, em tese, reequilibraria forças e daria uma sobrevida a certos projetos.

Mas Brasília, ah, Brasília… a cidade tem uma dieta própria e digere planos ambiciosos com uma frieza impressionante. A articulação, que consumiu energia e capital político, esbarrou numa sucessão de obstáculos. Uns previsíveis, outros… bem, outros totalmente inesperados.

O resultado? Nada. Zero. Até agora, pelo menos.

O Silêncio que Dói

O que chama a atenção não é apenas o fracasso da manobra, mas o silêncio ensurdecedor que se seguiu. Esperava-se um ruído, uma reclamação, um sinal de vida. Afinal, quando uma aposta desse tamanho não dá certo, normalmente alguém vem a público se explicar, ou ao menos justificar.

Dessa vez, nada. Apenas um vazio de explicações que fala mais alto que qualquer discurso. Será que a estratégia era mais frágil do que parecia? Ou o jogo de poder simplesmente mudou de regras no meio do caminho?

É difícil dizer. O que se sabe é que a promessa de uma guinada, com Mendonça no centro, evaporou-se no ar rarefeito do Planalto. Ficou no campo das possibilidades, daquelas que a gente comenta em off mas que nunca viram a luz do dia.

E assim, mais um capítulo da política brasileira se escreve com base no "quase". No "poderia ter sido". Filipe Martins jogou suas cartas, mas a mesa estava mais complicada do que ele supunha. A lição que fica? Em Brasília, até as apostas mais certeiras podem, do nada, virar pó.