Numa guinada dramática que pegou muita gente de surpresa — até mesmo aliados mais otimistas — o Congresso Nacional resolveu acelerar a votação daquele projeto polêmico que anistia participantes dos ataques golpistas de 8 de janeiro. E olha, a coisa está séria.
Numa reação tão imediata quanto fervorosa, o presidente Lula não perdeu tempo. Gravou um vídeo de quase três minutos, daqueles de cortar o coração, e soltou nas redes sociais feito um SOS democrático. A mensagem? Clara e direta: «Não podemos deixar que isso aconteça».
«É inacreditável», disparou ele, com a voz carregada de uma mistura de indignação e incredulidade. «Depois de tudo o que vivemos, depois do caos, da violência, ainda tem quem queira passar a borracha em cima de crimes tão graves.»
O jogo político por trás da cortina
O que mais preocupa — e muito — é a velocidade com que a proposta ganhou tração. Tudo indica que há uma articulação forte, algo muito bem costurado nos bastidores, para emplacar essa anistia antes que a opinião pública consiga reagir. Lula foi enfático: «É uma afronta à democracia e à justiça».
E não para por aí. O presidente fez um apelo quase pessoal aos senadores, citando nominalmente os líderes partidários. O recado foi na linha de «acordem, gente, isso é um absurdo». Ele praticamente implorou para que reconsiderem, para que travem essa votação a todo custo.
E o povo? O povo precisa entrar em cena
Mas Lula sabe que discurso bonito não segura onda sozinho. Por isso, a parte mais crucial do seu chamado foi justamente a convocação para a mobilização popular. «Precisamos da voz de todos», insistiu, pedindo que apoiadores, entidades e cidadãos comuns pressionem seus representantes no Congresso.
«Telefonem, mandem e-mail, cobrem nas redes sociais. Não podemos cruzar os braços diante de um retrocesso tão perigoso», alertou, num tom que alternava entre o professor conscientizando e o líder popular inflamado.
A verdade é que o clima em Brasília está pesado, daqueles de dar frio na espinha. A possibilidade real de aprovação dessa anistia joga uma sombra enorme sobre o processo judicial em curso — sem falar no recado terrível que passaria: que ataques às instituições saem impunes.
Lula finalizou com um aviso solene: a luta pela democracia não acabou. Está aí, viva e pulsante, e exige vigilância constante. O que acontecer nas próximas horas pode definir muito do futuro político do país.
