Governador do DF Desvenda o Jogo de Poder Por Trás da Venda Frustrada do Master ao BRB
Governador do DF revela bastidores de veto do BC a compra do Master

Eis que o Distrito Federal se vê, mais uma vez, no olho do furacão de uma daquelas tramas financeiras que misturam dinheiro, poder e… surpresas desagradáveis. Não é brincadeira não.

O governador Ibaneis Rocha soltou o verbo nesta quinta-feira (4) sobre aquele imbróglio todo envolvendo a tentativa de compra do Master Pay pelo BRB – que, diga-se de passagem, foi barrada pelo Banco Central. E que barrada!

O Nó Financeiro que Ninguém Esperava

Parece que a coisa é bem mais espinhosa do que se imaginava. Na visão do governador, a negociação esbarrou em «muitos interesses» e, claro, «muita pressão». Ele não entrou em detalhes mirabolantes, mas deixou no ar aquela sensação de que tem coisa grande por trás dos panos.

«A gente sabe como é esse jogo», comentou, com aquele ar de quem já viu muito acontecer. «Quando existem interesses cruzados, nem sempre o que é melhor para o público prevalece. Às vezes, o tabuleiro é movido por outras peças.»

O Banco Central no Centro do Debate

E o BC? Pois é… a autoridade monetária simplesmente cortou o barato – ou melhor, o negócio. Reprovaram a operação, e a justificativa oficial deve sair logo logo. Mas até lá, o clima é de especulação e, pra ser sincero, de uma certa frustração.

Ibaneis não escondeu. Disse que a decisão «pegou muita gente de surpresa», inclusive a si próprio. «É complicado quando uma operação estratégica é interrompida na reta final», afirmou, com um misto de respeito e contrariedade.

Os Interesses Obscuros por Trás da Cena

Agora, a pergunta que não quer calar: quem seriam esses tais «interesses» que ele insinuou? Seriam grupos financeiros? Rivalidades políticas? Pressão de concorrentes? O governador não nomeou nomes, mas deixou claro que a disputa não foi nada – repito, nada – amistosa.

«Há setores que preferem manter o status quo», arrematou, num tom que misturava crítica e resignação. «Mas o DF segue trabalhando. A nossa gestão não para.»

E Agora, José?

Com a negociação reprovada, o que esperar? O BRB deve se reposicionar, é claro. Buscar outros caminhos, quiçá até novas aquisições. Mas o sabor amargo de uma oportunidade perdida – e politizada – vai ficar.

Uma coisa é certa: o assunto não morre aqui. Como bem lembrou Ibaneis, «as razões do BC ainda serão conhecidas». E, quando forem, aí sim a poeira pode levantar de vez.

Fique de olho. Porque em Brasília, até o silêncio faz barulho.