Brasília fervilhava nesta quarta-feira, 27 de agosto, num daqueles dias em que o ar parece carregado de decisões. E não era para menos. Os deputados, afinal, colocaram um ponto final em meses de debates acalorados e aprovaram em segundo turno o famigerado PL 2630, conhecido popularmente como o PL das Fake News. A votação? 323 votos a favor, 151 contra. Uma vitória folgada para os defensores do projeto, que promete — pelo menos em teoria — botar ordem na casa quando o assunto é desinformação digital.
Mas calma, não é como se a coisa estivesse totalmente resolvida. O texto-base passou, sim, mas agora vem a etapa dos destaques. Aquelas propostas de mudança específicas que podem alterar detalhes cruciais da lei. E aí, é outra discussão. A previsão é que essa fase role ainda nesta quinta-feira, num novo capítulo dessa novela que já rendeu muito.
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, uma figura bem conhecida dos brasileiros voltou a dar o que falar. A deputada federal Carla Zambelli, do PL-SP, foi parar nas manchetes internacionais — e não foi por algo trivial. A Polícia italiana, pasmem, emitiu um mandado de busca e apreensão contra ela. O motivo? Suspeitas de que ela estaria envolvida numa trama de… furto de joias. Sim, você leu certo. A história, repleta de reviravoltas, aconteceu num voo que partiu de Roma rumo ao Brasil, e as investigações seguem a todo vapor. A defesa da deputada, como era de se esperar, nega tudo veementemente.
E no mundo digital, um alívio para um criador de conteúdo muito famoso por aqui. O youtuber Felca, que tinha sido alvo de uma suposta ameaça de hacker — um áudio pesado que circulou por aí —, recebeu uma resposta inesperada. O suposto autor da ameaça, um adolescente de 17 anos, simplesmente negou tudo. Disse, através de seus advogados, que não teve nada a ver com a história. A defesa do garoto foi enfática: ele não produziu e muito menos distribuiu tal mensagem. O caso, que assustou fãs e colegas, agora toma outro rumo, deixando todo mundo se perguntando: e então, quem foi?
Para fechar o dia com um tom de memória e respeito, o Sul do Brasil lembrou uma de suas maiores tragédias. Faz exatamente doze anos que o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ceifou a vida de 242 jovens e deixou marcas profundas em outras centenas. As homenagens, é claro, não poderiam faltar. Familiares, sobreviventes e a cidade inteira pausaram para lembrar cada nome, cada história interrompida tão brutalmente. Uma data que nunca deveria ser esquecida.
E aí, o que acharam dessa quarta-feira cheia? De Brasília aos tribunais internacionais, das redes sociais à memória de Santa Maria, um dia que mostrou, mais uma vez, como o Brasil é um país de contrastes intensos.
