Parece que a tão aclamada revolução da internet do espaço está dando uma pequena, mas significativa, escorregada. Nesta segunda-feira, 15, usuários da Starlink de norte a sul do Brasil pegaram o celular e o computador não para navegar, mas para reclamar. E como reclamaram!
O serviço de internet por satélite de Elon Musk, que prometeu conectar até o lugar mais remoto do planeta, simplesmente decidiu tirar uma soneca coletiva. Falhas intermitentes, velocidades que lembravam a discada dos anos 90 e até quedas completas de sinal foram o pesadelo de muitos durante a manhã e o início da tarde.
Um coro de insatisfação nas redes sociais
As redes sociais viraram o palco principal dessa frustração. O X (antigo Twitter, também do Musk, ironicamente) fervilhava com relatos. Pessoas em Florianópolis, no Rio, em São Paulo, na Bahia... todo mundo parecia cantando a mesma música de dor. #StarlinkDown chegou a aparecer nos trending topics, mostrando que a coisa era séria.
E não era só uma chatice para ver redes sociais. Imagina você que depende disso para trabalhar, para estudar, ou até para uma consulta médica online? Pois é. A galera que mora no interior, justamente onde a Starlink se vende como a salvadora da pátria, foi uma das que mais sentiu. A revolução digital, pelo menos por algumas horas, deu marcha-ré.
E a culpa, de quem é?
Aqui entra a parte mais misteriosa – e um tanto frustrante. A Starlink, até o momento, não soltou nenhum comunicado oficial explicando o que aconteceu. Nada. Zero. Silêncio total.
Especulações? Ah, sempre têm. Será que foi algum problema nos satélites lá em cima? Alguma manutenção de rotina que deu errado? Ou talvez uma sobrecarga inesperada na rede? A verdade é que ficamos todos no escuro, o que é bem contraditório para uma empresa de tecnologia de ponta.
O que se sabe é que por volta das 16h, para a maioria dos usuários, a coisa voltou ao normal. Lentamente, as conexões foram se reestabelecendo, as luzinhas do roteador pararam de piscar em desespero e a vida digital seguiu seu curso.
Um alerta para o futuro?
Esse evento serve como um lembrete. Apesar de toda a tecnologia futurista, nenhum serviço é 100% infalível. E quando ele é centralizado na visão de uma única empresa – e um único homem –, a gente fica refém dessa instabilidade.
Fica a pergunta no ar: será que podemos mesmo depender cegamente de uma só constelação de satélites para nossa conectividade? O ocorrido de hoje, ainda que breve, mostrou que talvez a resposta seja 'não'.
Por enquanto, é ficar de olho. E torcer para que o homem mais rico do mundo dê mais atenção à sua rede de internet aqui na Terra.
