
O burburinho nas redes sociais não para — e dessa vez o assunto é a cobertura do The New York Times sobre aquele protesto na Avenida Paulista, sabe? Aquele onde bandeiras americanas apareceram mais que as do Brasil, algo no mínimo curioso.
Pois é. O jornalão norte-americano resolveu esmiuçar a cena e, claro, gerou uma enxurrada de interpretações — algumas bem passionais, diga-se.
O que de fato saiu no NYT?
Longe de ser apenas uma nota de rodapé, a matéria mergulhou no simbolismo por trás das estrelas e listras em solo brasileiro. E olha, não foi nada sutil: destacou o contraste entre o fervor patriótico direcionado a outro país e a complexa relação com a própria identidade nacional.
Numa das passagens, o texto chega a questionar — com aquela ironia fina característica — se alguns dos manifestantes estariam, quem sabe, mais alinhados com uma agenda conservadora internacional do que com questões locais. Forte, né?
E a reação? previsivelmente intensa
Bolsonaristas não perdoaram. Acusaram o veículo de distorção e viés liberal, como era de se esperar. Do outro lado, críticos do ex-presidente viram na publicação uma confirmação midiática do que já alegavam há tempos: uma desconexão com a realidade brasileira.
O interessante — ou preocupante, depende do seu ponto de vista — é como um único artigo consegue acender debates que parecem não ter fim. E no fundo, revela mais sobre nós do que sobre os EUA.
Será que prestamos mais atenção em como somos vistos de fora do que no que realmente acontece aqui dentro? Essa, talvez, seja a pergunta que fica.