
Parece que a Nissan está mesmo apertando os cintos — e não só nos carros. A montadora japonesa, que anda dando mais sustos que filme de terror no mercado automotivo, acaba de garantir uma grana preta: R$ 32 bilhões. E olha que não é para lançar um carro voador (ainda).
Segundo fontes próximas ao assunto, esse dinheiro todo vai servir como um verdadeiro "kit de sobrevivência" para a empresa. A ideia? Reestruturar operações globais, fechar algumas torneiras que estão vazando dinheiro e, quem sabe, dar uma repaginada naqueles modelos que andam esquecidos nas concessionárias.
O que está por trás dessa jogada?
Bom, pra quem não tá ligado, a Nissan vem enfrentando uns perrengues feios nos últimos anos. A concorrência tá acirrada, os custos subindo como foguete e — pra piorar — a pandemia deixou um rastro de prejuízos que ainda assombra o setor.
E não é só isso:
- Vendas globais em queda livre
- Margens de lucro mais finas que papel de arroz
- E aquele relacionamento complicado com a Renault — que parece mais novela mexicana que parceria corporativa
Mas calma, nem tudo está perdido. Com essa injeção de capital, a Nissan promete:
- Acelerar o desenvolvimento de veículos elétricos (antes que a Tesla engula todo o mercado)
- Otimizar a produção global — fechando algumas fábricas e realocando recursos
- Investir pesado em tecnologia e inovação
E o Brasil nessa história?
Por aqui, a situação também não tá fácil. A Nissan já deu sinais de que pode repensar sua presença no mercado brasileiro — que, convenhamos, não é exatamente um mar de rosas para as montadoras ultimamente.
Especialistas ouvidos pelo R7 sugerem que a marca pode:
- Reduzir o portfólio de modelos
- Focar apenas nos carros que realmente dão retorno
- Ou, no cenário mais drástico, repensar até mesmo a manutenção da fábrica em Resende (RJ)
"É como se a Nissan estivesse fazendo uma dieta radical depois de anos de excessos", brinca um analista do setor, que preferiu não se identificar. "Só espero que não cortem o músculo junto com a gordura."
Enquanto isso, nas concessionárias, o clima é de expectativa. Vendedores torcem para que a reestruturação traga novidades — e não só más notícias — para o mercado brasileiro.