
Numa reviravolta que deixou o mercado automotivo de cabelos em pé, o CEO da Ford, Jim Farley, soltou o verbo mais uma vez sobre os rivais orientais. E não foi pouco: segundo ele, os carros chineses estão "numa liga completamente diferente" quando o assunto é inovação.
Quem acompanha o setor sabe — a China vem dando um baile. Enquanto montadoras tradicionais ainda discutem se elétricos são o futuro, os asiáticos já estão três jogadas à frente. Farley, que não é de rodeios, admitiu: "Eles simplesmente redesenharam o jogo. A qualidade? Impecável. O preço? Irresistível."
O que os chineses acertaram (e dói admitir)
Olha só essa:
- Tela gigante, conectividade que faz seu iPhone parecer obsoleto — os interiores parecem saídos de filmes de ficção científica
- Baterias que duram mais que o casamento da maioria das celebridades — e carregam na velocidade do raio
- Preços que fazem as montadoras ocidentais suarem frio — às vezes pela metade do valor
Não é à toa que a BYD, estrela chinesa do momento, ultrapassou a Tesla em vendas globais. Farley, com a franqueza de quem vê o trem-bala passar, confessou: "Perdemos o bonde da liderança. Agora é correr atrás."
O contra-ataque das tradicionais
Enquanto isso, nos EUA e Europa, a estratégia parece ser "se não pode vencê-los, copie-os". A Ford anunciou parcerias com gigantes de baterias e reduziu custos drasticamente — mas será tarde demais?
Um executivo anônimo de Detroit resumiu a crise existencial: "É como competir contra um time que joga com 12 jogadores e as regras do século XXII." Ops.
Para o consumidor? Festa. Com a guerra de preços e tecnologia, nunca houve momento melhor para comprar um carro novo. Desde que você não se importe com um manual em mandarim.