
O Brasil está, sim, recebendo mais turistas estrangeiros — e isso é ótimo. Mas poderia ser muito melhor. Segundo dados fresquinhos, o país registrou um crescimento de 12,3% na chegada de visitantes internacionais no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. Nada mal, hein? Só que... (sempre tem um 'só que') especialistas garantem: estamos deixando dinheiro — e oportunidades — escaparem pelos dedos.
O que está segurando o boom turístico?
Parece contraditório: mais gente chegando, mas ainda abaixo do potencial. O problema? Uma combinação de fatores que fazem o Brasil ser aquele convidado que chega na festa quando já está acabando. A infraestrutura — ou falta dela — em muitos destinos é o primeiro obstáculo. Aeroportos com filas quilométricas, estradas esburacadas e sinalização que mais confunde do que ajuda.
E não é só isso. O visto de entrada ainda é um pesadelo burocrático para muitos. Enquanto países vizinhos facilitam, nós complicamos. "É como convidar alguém pra jantar e trancar a porta", brinca um agente de viagens de São Paulo, que prefere não se identificar.
Os destaques positivos
- Rio de Janeiro continua sendo o queridinho, com crescimento de 18%
- Nordeste surpreende: Fortaleza e Salvador batem recordes
- Ecoturismo na Amazônia cresce, mas ainda é nicho
Curiosidade: os americanos estão voltando com força total — aumento de 23% só este ano. Os argentinos, nossos vizinhos fiéis, seguem liderando o ranking.
O que falta para decolar de vez?
Os especialistas são unânimes em três pontos-chave:
- Marketing agressivo: "O Brasil vende mal sua imagem lá fora", diz uma consultora do setor
- Segurança: Ainda é o maior medo dos turistas, principalmente europeus
- Facilidade: Vistos caros e demorados afastam visitantes em potencial
E tem mais — a sazonalidade ainda é um problema. "Temos praias maravilhosas o ano todo, mas só lembram do Brasil no verão", comenta um hotelero de Florianópolis, visivelmente frustrado.
No fim das contas, o país tem tudo para ser um dos top 5 destinos globais. Mas enquanto não resolver esses nós, continuaremos sendo aquela promessa que nunca se realiza por completo. Uma pena, não? Com tanto potencial nas mãos...