SUS passa a oferecer implante contraceptivo subdérmico: como funciona e quem pode usar
SUS oferece implante contraceptivo subdérmico

O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de incluir em seu portfólio de serviços o implante contraceptivo subdérmico, um método anticoncepcional de longa duração e alta eficácia. A novidade, que já era aguardada por muitas mulheres, promete revolucionar o acesso ao planejamento familiar no Brasil.

Como funciona o implante contraceptivo?

O implante é um pequeno bastão de aproximadamente 4 cm, que é inserido sob a pele do braço. Ele libera hormônios gradativamente, impedindo a ovulação e, consequentemente, a gravidez. Sua duração pode chegar a até 3 anos, dependendo do tipo utilizado.

Vantagens do método

  • Eficácia superior a 99%
  • Não requer atenção diária (como a pílula)
  • Pode ser retirado a qualquer momento
  • Não interfere na relação sexual

Quem pode receber o implante pelo SUS?

Segundo o Ministério da Saúde, o implante estará disponível para:

  1. Mulheres em idade fértil
  2. Vítimas de violência sexual
  3. Pacientes com condições clínicas específicas que contraindiquem outros métodos

A distribuição será feita prioritariamente em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais credenciados. A expectativa é que o método chegue a todo o território nacional até o final de 2025.

Impacto na saúde pública

Especialistas afirmam que a inclusão desse método no SUS representa um avanço significativo na política de saúde da mulher. "O implante subdérmico é especialmente importante para populações vulneráveis, onde o acesso a métodos contraceptivos é mais difícil", explica a Dra. Ana Claudia Torres, ginecologista e consultora do Ministério da Saúde.

A medida também deve contribuir para a redução de gravidezes não planejadas e seus impactos sociais e econômicos. Dados do IBGE mostram que cerca de 55% das gestações no Brasil não são intencionais.