
O universo digital é um parque de diversões sem cercas — e, enquanto os adultos se preocupam com algoritmos, os pequenos navegam como se fossem invencíveis. Mas será que estão mesmo?
O perigo mora ao lado (do celular)
Dados do Unicef mostram que 80% das crianças brasileiras já tiveram contato com conteúdo inadequado online. E não, não é só sobre violência: desafios perigosos, mensagens de estranhos e até golpes mirins estão na lista de riscos.
7 armadilhas digitais (e como fugir delas)
- Controle parental não é frescura — ferramentas como Google Family Link e Apple Screen Time funcionam como "cinto de segurança digital"
- Idade mínima existe por um motivo. Instagram e TikTok exigem 13 anos, mas quantos pais fiscalizam isso?
- Configurações de privacidade são como trancas na porta — ensine a ajustar para "somente amigos"
- Senhas são escudos: crie combinações fortes e mude a cada 3 meses (sim, é chato, mas necessário)
- Metade dos crimes cibernéticos começam com "Oi, sou amigo do seu amigo" — alerte sobre conversas com desconhecidos
- Printar pode salvar: mostre como documentar assédio antes de bloquear
- Combine horários offline — o cérebro em desenvolvimento agradece
Psicólogos alertam: proibir totalmente é pior. "Quando a conta na escola é 'meus pais não deixam', a criança cria perfis secretos", diz a especialista Marina Silva (não, não é aquela).
E quando o perigo vem de casa?
Parece ironia, mas 30% dos casos de exposição infantil partem de familiares que postam fotos íntimas — troca de fralda, banho na piscina. "Sharenting" (compartilhamento excessivo pelos pais) já virou caso de Conselho Tutelar em São Paulo.
No fim, a receita é simples: mistura de tecnologia com conversa franca. Como dizem os especialistas em segurança digital: "Não adianta trancar a porta se ensinamos onde está a chave".