Cirurgião plástico José Badim, aos 94 anos, revela: "Tenho pena da morte" e compartilha segredos da longevidade
Cirurgião de 94 anos: "Tenho pena da morte"

Imagine chegar aos 94 anos com a mesma disposição de um jovem de 30. Parece impossível? Não para o Dr. José Badim, um dos cirurgiões plásticos mais respeitados do Brasil, que ainda opera e atende pacientes com um vigor que deixaria muitos de nós no chinelo.

"Tenho pena da morte", confessa o médico, com um sorriso que desafia o tempo. E não é pra menos – sua carreira já ultrapassou sete décadas, um feito raro em qualquer profissão, quiçá na medicina.

O segredo? Nem pensar em aposentadoria

Enquanto muitos planejam descansar após os 60, Badim segue fazendo o que ama. "A mente para quando você para", filosofa, enquanto ajusta seus óculos com mãos firmes – sim, ele ainda opera! Sua clínica no Rio de Janeiro é testemunha de histórias que misturam bisturi com poesia.

O ritmo? Nem pensar em diminuir. "Minha agenda está cheia até dezembro", ri, mostrando uma vitalidade que faria um quarentão corar. Mas não se engane: por trás desse humor, há décadas de experiência moldando vidas – e autoestimas.

Lições que não se aprendem em livros

  • O tempo é relativo: "Envelhecer é inevitário, ficar velho é opcional"
  • Paixão pelo ofício: "Quando você ama o que faz, segunda-feira vira feriado"
  • Resiliência: "Caí muitas vezes. Levantei mais vezes ainda"

E os pacientes? Ah, esses vêm em gerações. "Já operei avó, mãe e neta", conta, com um brilho nos olhos que só quem viveu tanto consegue ter. Uma verdadeira árvore genealógica de gratidão.

Questionado sobre o segredo de sua longevidade profissional, ele hesita: "Talvez seja não levar a vida tão a sério... ou levar o trabalho com seriedade, mas sem gravidade". Uma contradição? Só aparentemente.

O futuro? Presente contínuo

Aos 94, Badim ainda sonha – literalmente. "Tenho projetos para os próximos anos", revela, como se o tempo fosse um detalhe irrelevante. Sua receita? Manter a curiosidade de criança e a sabedoria de quem já viu de tudo.

E a morte? "Ela pode esperar", decreta, com a autoridade de quem já enfrentou desafios maiores. Afinal, quando se tem tanto ainda para contribuir, até o relógio biológico parece fazer uma pausa.