
Finalmente uma boa notícia para quem depende do SUS na região Norte Fluminense! Depois de um suspense que parecia não ter fim — e que deixou muita gente com os cabelos em pé —, o governo estadual voltou atrás e reativou os repasses para a saúde de Campos.
Não foi sem drama, claro. A prefeitura local vinha fazendo malabarismos nos últimos meses para manter os postos de saúde abertos e os hospitais funcionando. "Parecia aquela cena de filme onde o médico tem que operar com canivete", brincou um enfermeiro que preferiu não se identificar, num daqueles comentários que são meio piada, meio desabafo.
O que muda na prática?
Com a volta do cofinanciamento:
- Os 12 postos de saúde que estavam com atendimento reduzido devem normalizar o funcionamento até agosto
- O Hospital Ferreira Machado receberá verba extra para medicamentos — alívio para quem dependia de doações
- As equipes do Saúde da Família terão combustível para visitar comunidades rurais (sim, isso era um problema real)
Curiosamente, a decisão saiu justamente quando a Câmara Municipal começava a discutir medidas emergenciais. Coincidência? O secretário estadual de Saúde evitou comentar o timing, mas garantiu que "a prioridade sempre foi a população".
Números que doem
Nos últimos 3 meses sem o repasse:
- O tempo de espera para consultas com especialistas dobrou
- 37% das cirurgias eletivas foram adiadas
- Farmácias básicas ficaram sem 8 medicamentos essenciais
Não à toa, a notícia foi recebida com alívio no PSF do Jardim Carioca, onde pacientes faziam fila desde as 4h da manhã. "Agora talvez consiga marcar o exame da minha mãe antes do Natal", espera a dona Maria, 62 anos, enquanto ajusta os óculos no rosto marcado pelo cansaço.
Resta saber se o acordo veio tarde demais para alguns serviços — mas isso é conversa para outro dia. Por enquanto, o que importa é que o SUS em Campos pode respirar (literalmente) mais aliviado.