
A situação na Clínica Caramelo, em Mogi das Cruzes, chegou a um ponto de não retorno. A prefeitura local, após meses de tentativas de ajustes, simplesmente puxou o plugue no contrato com a Organização Social que administrava a unidade. E não foi por falta de aviso.
Segundo fontes do governo municipal, a decisão veio após uma sucessão de problemas graves na gestão. Estamos falando de coisas sérias: desde a falta crônica de medicamentos essenciais até a notória incapacidade de manter o quadro mínimo de profissionais de saúde. Uma verdadeira montanha-russa de descasos.
O que deu errado?
O prefeito Caio Cunha (PSD) não economizou nas palavras ao descrever a situação. Em coletiva nesta quarta-feira (4), ele foi direto ao ponto: "A população mogiana merece um atendimento digno, e não estava recebendo isso na Clínica Caramelo". Forte, não?
Os detalhes que emergiram são, para dizer o mínimo, preocupantes. Relatos de pacientes sendo transferidos para outras unidades por falta de condições básicas de atendimento. Profissionais de saúde sobrecarregados e sem insumos para trabalhar. Um cenário que beira o caos institucionalizado.
E agora, o que acontece?
A grande pergunta que todo mundo faz: e os pacientes? A prefeitura garante que ninguém ficará desassistido. As atividades da Clínica Caramelo serão gradualmente transferidas para outras unidades de saúde da cidade. Um plano de transição já está sendo implementado, mas é inegável que haverá um período de ajustes – sempre há.
O mais curioso nessa história toda? A Organização Social em questão nem esperou ser demitida. Ela mesma pediu a rescisão contratual, segundo a prefeitura. Algo me diz que a corda estava esticando demais e ela preferiu pular antes de ser empurrada.
O que fica claro é que a população de Mogi das Cruzes merece mais. Muito mais. Saúde pública não é luxo, é direito básico – e quando uma gestão falha em fornecer o mínimo, medidas drásticas se tornam necessárias. Resta torcer para que, dessa vez, a coisa funcione.