
Era pra ser mais uma tarde comum na Marechal Rondon, aquela rodovia que corta o interior paulista como se fosse veia aberta. Mas não foi. Nem de longe. Num trecho entre Guapiaçu e José Bonifácio, os olhos atentos da Polícia Militar Rodoviária flagraram algo que não cheirava bem — literalmente.
Dentro de um veículo de passeio, uma carga que daria frio na espinha de qualquer médico: medicamentos de origem estrangeira, todos sem a menor condição de circulação no Brasil. A Anvisa nem sabe o que é isso, gente. E olha que não era pouca coisa: vários comprimidos, pomadas e até frascos de soluções injetáveis.
O motorista — esse aí já deve estar se explicando até agora — tentou justificar a indefensável. Disque que era para uso próprio. Só que a quantidade contava outra história. Uma história de comercialização ilegal, de saúde posta em risco, de leis ignoradas.
O perigo que vem sem aviso
Você já parou pra pensar no que significa tomar um remédio que não passou por controle nenhum? Pois é. Esses produtos apreendidos não têm procedência conhecida, dosagem verificada, eficácia comprovada. Podem fazer mal. Podem não fazer efeito. Podem, simplesmente, matar.
E o pior: tem gente que compra. Às escondidas, em feiras livres, pela internet. Achando que está fazendo um bom negócio, mas na verdade está colocando a própria vida na roda da sorte — uma roda que quase sempre vira roleta-russa.
A carga foi levada para a delegacia de Polícia Civil de Mirassol. Lá, as investigações vão apurar de onde vieram, para onde iam e quem estava por trás desse esquema perigoso. O motorista, claro, foi conduzido para prestar esclarecimentos. E não vai sair barato.
O recado que fica
Operações como essa mostram que o bicho está pegando — e que a vigilância está ativa. A PM Rodoviária segue de olho aberto, farejando não só excesso de velocidade, mas ameaças reais à população.
E aí, vale a pena arriscar? Comprar remédio sem registro é como apostar em cavalo aleatório no meio da madrugada. Pode dar certo? Até pode. Mas as chances de dar errado — e feio — são assustadoramente maiores.
Fica o alerta: saúde não é brincadeira. E a lei, menos ainda.