
Eis que o governo mineiro resolveu dar um passo importante no combate ao diabetes — mas deixou todo mundo no escuro sobre o principal. Anunciaram com pompa a compra de uma porção de glicosímetros, aqueles aparelhinhos que medem açúcar no sangue. Só que... cadê a data de distribuição? Ninguém sabe.
Não é de hoje que pacientes reclamam da falta desses equipamentos nos postos de saúde. "É uma luta diária", conta Dona Maria, aposentada de Belo Horizonte que precisa monitorar a glicose três vezes ao dia. "Ou você compra do próprio bolso, ou fica no escuro."
O que sabemos até agora
Segundo o governo, foram adquiridos:
- Mais de 5 mil unidades de medidores
- Tiras reagentes para seis meses de uso
- Equipamentos com tecnologia mais moderna que os antigos
Mas aqui vem o pulo do gato: "A logística de distribuição está sendo finalizada", diz o secretário de Saúde, sem dar muitos detalhes. Traduzindo? Pode demorar semanas — ou meses.
Por que isso importa?
Diabetes não espera. É doença traiçoeira que, sem monitoramento, abre porta pra complicações sérias. E em Minas, onde o SUS vive aperto crônico, cada glicosímetro faz diferença.
"É frustrante", desabafa o endocrinologista Dr. Carlos Mendes. "Anúncios são bons, mas o diabético precisa de ação. Ontem."
Enquanto isso, a população fica naquele limbo: com esperança, mas sem data marcada no calendário. Vai ser antes das festas de fim de ano? Só em 2026? O governo guarda esse segredo a sete chaves.