Apagão no Pronto-Socorro de Várzea Grande: Pacientes Evacuados em Meio ao Caos
Apagão em hospital força evacuação de pacientes em MT

Imagine a cena: macas sendo empurradas por corredores às escuras, equipamentos médicos silenciados de repente, e aquele clima de tensão que só quem já viveu um apagão em ambiente hospitalar consegue entender. Foi exatamente isso que aconteceu no Pronto-Socorro de Várzea Grande na última quinta-feira (5), por volta das 15h30.

De uma hora para outra, tudo parou. A energia simplesmente acabou - e não foi aquela falhinha rápida de dois minutos não. Ficou tudo escuro mesmo, e olha que estamos falando de um lugar onde cada segundo literalmente conta.

Operação de Emergência Entra em Ação

Os funcionários, que merecem um troféu pela calma mantida no caos, não perderam tempo. Segundo testemunhas, a evacuação começou quase que imediatamente. Pacientes em estado grave, alguns conectados a aparelhos que (graças a Deus) tinham bateria backup, foram transferidos com uma eficiência que surpreendeu até os mais céticos.

«Foi assustador, mas a equipe foi incrível», contou uma acompanhante que preferiu não se identificar. «Em minutos, já estavam organizando tudo no escuro, com lanternas do celular mesmo».

E o Gerador? Sumiu!

Aqui vem a parte que deixa a gente pensando: o gerador de emergência do hospital simplesmente não funcionou. Sim, aquele equipamento que é literally a última linha de defesa num caso desses decidiu tirar férias justo na hora H.

Enquanto isso, do outro lado da linha, a Cemat (Centrais Mato-grossenses de Energia) já corria contra o tempo. Técnicos foram despachados para a subestação de Várzea Grande, onde descobriram que o problema era mais chato do que parecia: uma falha num equipamento de proteção, daqueles que ninguém lembra que existe até dar pau.

Às 16h40, quase uma hora depois do apagão, a luz voltou. Mas calma lá - a festa não foi completa não. Parte do hospital continuou às escuras, obrigando a administração a manter os pacientes longe das áreas ainda sem energia.

Desdobramentos e Aprendizados

Só por volta das 18h30, três longas horas depois do início do caos, que a normalidade (ou algo próximo disso) foi restabelecida. Os pacientes evacuados puderam retornar aos seus leitos, os equipamentos voltaram a funcionar, e aquele suspiro de alívio coletivo pôde finalmente ser dado.

A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota - daquelas bem formais - agradecendo a compreensão de todos e enaltecendo o trabalho heróico dos profissionais. Mas fica a pergunta que não quer calar: quanto tempo vamos depender da sorte em situações críticas como essas?

Incidentes assim servem como alerta vermelho para a infraestrutura de emergência das nossas cidades. Porque no fim do dia, não se brinca com vidas - e eletricidade em hospital não é luxo, é necessidade básica.