Surto psicótico em Goiânia: Casos chocantes levantam alerta sobre saúde mental
Surto psicótico em Goiânia acende alerta sobre saúde mental

Goiânia virou palco de cenas que parecem saídas de um filme de suspense — mas, infelizmente, são reais. Nos últimos dias, pelo menos três casos de surto psicótico chamaram a atenção não só pela gravidade, mas pelo despreparo de quem deveria lidar com isso.

Numa tarde qualquer, um homem invadiu um supermercado gritando que "o fim estava próximo". Dias depois, uma senhora jogou móveis pela janela de um prédio no Setor Bueno. E, como se não bastasse, um adolescente foi encontrado nu no Parque Vaca Brava, recitando versos em aramaico. Coisa de louco? Não. Coisa de sistema falho.

O que diabos está acontecendo?

Especialistas ouvidos — entre cochichos e receio de represálias — apontam para um coquetel explosivo: abandono de tratamentos, cortes em programas sociais e aquela velha mania brasileira de achar que "crise nervosa" se resolve com chá de camomila.

"É o perfect storm da saúde mental", dispara a psicóloga Raquel Mendes, enquanto ajusta os óculos com ar de quem já cansou de dar entrevistas sobre o óbvio. "Temos unidades superlotadas, profissionais desesperados e uma epidemia silenciosa de ansiedade pós-pandemia."

Números que assustam (ou não, pra quem prefere fingir que o problema não existe)

  • Atendimentos por transtornos psicóticos aumentaram 37% no primeiro semestre de 2025
  • CAPS III da capital trabalha com 40% menos funcionários que o necessário
  • Fila para consulta com psiquiatra pelo SUS: média de 11 meses (tempo suficiente para uma crise virar tragédia)

Enquanto isso, nas redes sociais, os memes não param: "Goiânia tá virando Arkham Asylum", "surto coletivo é moda agora?"... Até quando vamos tratar saúde mental como piada ou caso de polícia?

E agora, José?

O Conselho Regional de Psicologia promete "medidas" — aquela palavra vaga que todos amam. Já a Secretaria Municipal de Saúde garante que "está tudo sob controle". Só faltou avisar os pacientes desesperados e as famílias em pânico.

Uma coisa é certa: ou a gente encara esse problema de frente, ou vamos continuar vendo cenas de horror no noticiário local. E pior — tratando como "mais um dia normal" em Goiás.