Pais e Mães no Limite: Mercado Ignora Saúde Mental dos Profissionais com Filhos
Mercado ignora saúde mental de pais e mães, revela estudo

Imagine acordar às 5h para levar o filho à escola, enfrentar 2h de trânsito, trabalhar sob pressão e ainda ser cobrado por "falta de comprometimento". Essa é a rotina de 73% dos pais e mães brasileiros, segundo pesquisa inédita do Instituto Bem-Estar Corporativo.

O preço invisível da parentalidade

Enquanto empresas investem em massagens e salas de descompressão, esquecem do elefante na sala: a exaustão mental de quem cria filhos. Dados mostram que:

  • 58% sofrem ansiedade por conflitos trabalho-família
  • 1 em 3 já pensou em pedir demissão
  • Só 12% das empresas têm políticas específicas

"É como dirigir com o freio de mão puxado", compara Mariana Lopes, 34 anos, analista de RH e mãe de gêmeos. "Você dá seu melhor, mas sempre chega atrasado."

O mito do "equilíbrio perfeito"

Especialistas alertam: a cobrança por performar igualmente em todas as frentes está criando uma geração de profissionais no limite. "Não existe balanço, existe escolha diária", dispara o psicólogo organizacional Raul Mendonça.

E os números não mentem:

  1. 76% faltam ao trabalho por questões familiares
  2. Bônus de pais são 37% menores
  3. Mulheres com filhos promovidas 40% menos

O que as empresas perdem?

Além do óbvio — talentos valiosos —, o custo é concreto: turnover 3x maior e produtividade 28% abaixo em times com pais/mães sem apoio. "Estamos jogando dinheiro fora", admite um CEO que pediu anonimato.

Mas há luz no fim do túnel. Startups como a ParentalTech oferecem soluções criativas:

  • Horários flexíveis reais (não só no papel)
  • Consultoria psicológica familiar
  • Redes de apoio entre colaboradores

Como dizia um antigo comercial: "Filhos não vêm com manual". Mas será que o mercado de trabalho poderia, pelo menos, tentar escrever um capítulo?