
O mercado financeiro brasileiro virou um verdadeiro rodeio nesta segunda-feira — e não foi do tipo que deixa ninguém feliz. Enquanto o dólar disparava como foguete de São João, o Ibovespa despencava feito pipa sem linha. Mas o que diabos está acontecendo?
Pela manhã, os investidores já acordaram com o pé esquerdo. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,43 na venda, uma alta de 2,3% — o maior valor desde aquela terça-feira chuvosa de abril que ninguém esquece. Já o Ibovespa, nosso querido (e às vezes mal-amado) índice da bolsa, caiu 3,7%, fechando em 115 mil pontos.
O vento que derrubou o castelo de cartas
Três fatores principais explicam esse rebuliço:
- O fantasma da inflação americana — Os dados do IPC dos EUA vieram mais quentes que pão de queijo saindo do forno, alimentando temores de novos aumentos de juros pelo Fed
- O câmbio na corda bamba — A percepção de risco Brasil piorou depois daquela confusão política da semana passada (você sabe qual é)
- O humor dos investidores — Tá mais oscilante que marido em dia de jogo do Brasil: um minuto de euforia, três de desespero
E olha que a semana mal começou. Especialistas — aqueles que sempre aparecem com cara de paisagem nas reportagens — alertam: pode piorar antes de melhorar.
E o brasileiro médio no meio disso tudo?
Para quem acha que isso é conversa de rico, atenção:
"Quando o dólar sobe assim, é como se todo mundo levasse um chute no estômago", explica o economista Carlos Mendes, enquanto toma seu café amargo — coincidentemente, o mesmo gosto que o mercado deixou na boca dos investidores hoje.
Traduzindo para o português claro: viagens internacionais mais caras, eletrônicos com preços de iPhone 15 (até aquela capinha simples), e uma pressão danada nos preços internos. E olha que a gasolina já tá custando um rim...
Mas nem tudo está perdido. Alguns setores — como exportadores — até comemoram na surdina. É aquela velha história: a desgraça de uns é a alegria de outros.
O que esperar dos próximos dias? Bom, se eu soubesse com certeza, estaria em Miami e não escrevendo este texto. Mas uma coisa é certa: melhor manter os cintos afivelados porque a turbulência pode continuar.