
O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de montanha-russa nesta terça-feira (23). Enquanto o dólar comercial fechou em alta expressiva, batendo os R$ 5,40 — algo que não víamos desde o começo do ano —, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, despencou mais de 2%. E aí, será que o copo está meio cheio ou meio vazio?
O dólar nas alturas
Parece que o dólar resolveu fazer as malas e subir para as nuvens. A moeda americana avançou quase 1,5% hoje, deixando muitos investidores de cabelo em pé. Alguns especialistas apontam que essa escalada tem a ver com a incerteza global — sabe como é, quando os grandes players ficam nervosos, o dinheiro corre para o porto seguro do dólar.
Mas calma, não é só isso. Aqui dentro, a situação fiscal ainda preocupa. "A agenda de reformas está meio que empacada", comenta um analista que prefere não se identificar. "Sem avanços concretos, o mercado fica com um pé atrás."
Ibovespa: o tombo do dia
Enquanto isso, na Bolsa, o cenário foi de filme de terror. O Ibovespa fechou em queda de 2,3%, puxado principalmente pelas ações de bancos e companhias de commodities. "É aquela velha história: quando o dólar sobe, os investidores estrangeiros tendem a sair correndo", explica uma corretora de São Paulo, enquanto toma seu terceiro café do dia.
As ações da Petrobras, aquela velha conhecida dos brasileiros, foram das que mais sofreram — e olha que o preço do petróleo até subiu no mercado internacional. Ironias do destino, não?
E agora, José?
Para o pequeno investidor, esses movimentos bruscos são como tentar surfar em tsunami. "O momento pede cautela", recomenda um consultor financeiro, enquanto ajusta os óculos. "Diversificação é a palavra-chave."
Já para quem precisa comprar dólar para viagem, a dica é ficar de olho e aproveitar eventuais recuos. Porque, convenhamos, ninguém merece pagar quase R$ 5,50 em cada "dolarzinho".
O que vem por aí? Difícil dizer. O mercado está mais temperamental que adolescente no primeiro namoro. Mas uma coisa é certa: essa semana promete — e não necessariamente no bom sentido.