
Era pra ser mais um dia comum. Deixou o pequeno na creche, como sempre fazia. Mas dessa vez, o coração de mãe já sabia — algo estava errado. Quando recebeu a ligação, seu mundo desabou.
"Me disseram que ele tinha engasgado com o leite", conta a mãe, com a voz embargada. "Mas o corpo do meu filho contava outra história." Hematomas, marcas de negligência. Coisas que nenhum pai ou mãe deveria ver.
Dois lados de uma tragédia
Enquanto a instituição insiste na versão do "acidente", o laudo preliminar do IML já aponta indícios de asfixia mecânica. Detalhes que não batem. Perguntas que ficam no ar:
- Por que a creche demorou 40 minutos para acionar o SAMU?
- Onde estavam os cuidadores quando o bebê precisou de ajuda?
- Quantas outras crianças estão em risco nesse local?
O delegado responsável pelo caso — que pediu para não ser identificado — já adiantou: "Tem coisa muito errada aí". E não é pra menos. A creche em questão tem histórico de denúncias, mas continuava funcionando como se nada tivesse acontecido.
O grito que virou luta
Agora, o que era dor virou revolta. A família exige justiça e já moveu ação contra a instituição. "Não quero que outra mãe passe por isso", diz ela, entre lágrimas. Enquanto isso, a creche segue aberta — sob fiscalização mais rigorosa, é claro.
Na vizinhança, o clima é de indignação. "Todo mundo sabia que o lugar não tava legal", comenta uma moradora que preferiu não se identificar. "Mas ninguém fez nada até acontecer o pior."
O caso está longe de acabar. A polícia trabalha a todo vapor, e novas informações devem surgir nos próximos dias. Uma coisa é certa: essa história vai deixar marcas muito mais profundas do que qualquer laudo pode mostrar.