
Não é todo dia que a Justiça precisa agir com a velocidade de um raio, mas quando se trata de uma vida em jogo, cada minuto conta. Em Santa Catarina, um caso delicado está mobilizando autoridades médicas e judiciais — uma criança, cujo nome não foi divulgado, enfrenta uma batalha silenciosa contra a falência intestinal.
Parece coisa de filme, mas é a realidade: os médicos bateram o martelo — sem uma intervenção urgente, o quadro pode se agravar irreversivelmente. E aí? O que fazer quando o sistema parece engessado? A resposta veio de onde muitos nem esperavam: do Poder Judiciário.
Uma decisão que não podia esperar
O juiz responsável pelo caso — que deve ter tomado mais café que o normal naquela noite — não titubeou. Em despacho publicado na tarde desta sexta-feira (26), determinou a transferência "imediatamente, sem delongas burocráticas". Alguém aí já tentou mover uma montanha usando apenas uma colher? Pois é, a sensação deve ser parecida.
Detalhes técnicos? A criança precisa de cuidados especializados que, pasmem, não estão disponíveis no local onde se encontra. O hospital de destino — também não divulgado, por questões éticas — já está com a porta aberta e a equipe em pé de guerra.
O relógio não para
Enquanto você lê esta matéria, uma ambulância aérea deve estar sendo preparada com equipamentos que parecem saídos de um filme de ficção científica. O protocolo? "Tudo fora do protocolo", brinca um médico que prefere não se identificar. Quando a vida está em jogo, as regras às vezes precisam ser reinventadas.
E os pais? Ah, os pais... Imaginem a angústia de ver seu filho lutando contra o tempo enquanto papéis e carimbos ditam o ritmo. Felizmente, desta vez, a burocracia perdeu para o bom senso.
O que aprendemos com isso? Que mesmo num sistema cheio de engrenagens emperradas, quando as pessoas certas decidem agir, coisas extraordinárias acontecem. A criança ainda tem um longo caminho pela frente, mas pelo menos agora terá a chance de percorrê-lo.