Sergipe faz história: cirurgia inovadora reconstrói mamas sem silicone e revoluciona tratamento
Sergipe: cirurgia reconstrói mamas sem silicone

Imagine acordar de uma cirurgia e descobrir que seu corpo foi refeito com partes de você mesmo. Pois é exatamente isso que aconteceu com uma paciente em Sergipe - e olha, a coisa é tão revolucionária que deixou até os médicos de cabelo em pé.

Aconteceu no último dia 17: uma equipe médica do estado realizou a primeira reconstrução mamária sem usar silicone. Nem prótese, nem nada de artificial. Só matéria-prima de fábrica, direto do próprio corpo da paciente.

Como funciona essa mágica toda?

Os cirurgiões - que merecem um troféu de criatividade - pegaram tecido da região abdominal da paciente e transferiram para reconstruir as mamas. Tipo aquela doação onde você é o doador e o receptor ao mesmo tempo, sacou?

O doutor Leonardo de Moura, que liderou a equipe, explicou com um brilho nos olhos: "É como se a gente 'deslocasse' esse tecido, com toda sua vascularização preservada, para criar novas mamas. A natureza faz a maior parte do trabalho depois".

Vantagens que fazem a diferença

  • Menor risco de rejeição - afinal, é seu próprio tecido
  • Resultado natural que envelhece junto com você
  • Sem preocupação com próteses ou possíveis complicações futuras
  • E de quebra, ainda faz uma lipoabdominoplastia gratuita

Não é demais? A paciente, que preferiu não se identificar, contou que a decisão foi fácil quando entendeu que não teria um corpo estranho dentro de si. "Me senti mais completa, literalmente feita de mim mesma", disse emocionada.

Por que Sergipe está dando o que falar?

Pois é, meu amigo - normalmente a gente ouve falar dessas inovações saindo de São Paulo ou do exterior. Dessa vez, foi aqui no Nordeste que a história mudou. O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) provou que inovação não tem CEP.

O procedimento, chamado de retalho miocutâneo de TRAM, não é exatamente novidade no mundo - mas em terras sergipanas, foi como plantar uma bandeira na lua. E olha que o processo demorou mais de 8 horas! Isso é que é dedicação.

Pra você ter ideia da complexidade, é como microcirurgia plástica de alto nível. Os vasos sanguíneos são religados milimetricamente no peito. Um trabalho de ourivesaria, mas com tecido humano.

O que isso significa para o futuro?

Além de abrir portas para outras mulheres que precisam de reconstrução mamária - especialmente após o câncer - essa conquista sergipana mostra que o SUS é capaz de coisas incríveis. Às vezes a gente fica tão acostumado a reclamar que esquece de celebrar as vitórias.

O secretário estadual de Saúde, Walter Pinheiro, não disfarçou o orgulho: "Isso aqui é prova viva de que investimento em saúde pública traz resultados concretos. E olha que não foi nada fácil - treinamos a equipe durante meses".

E agora? Bom, agora é torcer para que a técnica se espalhe pelo Brasil. Porque toda mulher merece ter acesso a tratamentos que respeitem seu corpo e sua história. E se depender dos médicos sergipanos, essa é só a primeira de muitas revoluções.

Quem diria, hein? Às vezes as maiores inovações nascem longe dos holofotes - e dessa vez, foi no calor do Nordeste que a medicina brasileira deu mais um passo gigantesco.