
Numa jogada que vai mexer com a vida de milhares de brasileiras, o presidente Lula acabou de colocar sua caneta num papel que vale ouro. A nova lei, sancionada nesta quinta (18), abre as portas do SUS para muito mais mulheres que precisam daquela segunda chance — a reconstrução mamária pós-mastectomia.
E não é só isso. O texto legal — que já vinha sendo chamado de "lei da autoestima" nos corredores do Planalto — também garante:
- Atendimento psicológico antes e depois do procedimento (porque ninguém sai ilesa dessa jornada)
- Protetores solares especiais para áreas operadas (detalhe que faz toda diferença no dia a dia)
- O direito à cirurgia mesmo em casos onde o câncer não foi a causa — vítimas de acidentes ou malformações também entram na jogada
Por que isso é grande coisa?
Quem já acompanhou alguém nessa batalha sabe: reconstruir o corpo é parte fundamental da reconstrução da vida. Até então, o SUS oferecia o procedimento, mas com tantas amarras que muitas mulheres desistiam no meio do caminho. Agora? O processo fica mais humano, menos burocrático.
"É como se o governo finalmente tivesse entendido que saúde da mulher não é luxo, é necessidade básica", comentou Dra. Renata Moura, mastologista que atende no interior de São Paulo há 15 anos. Ela mesma já viu pacientes pegando empréstimos para bancar o que deveria ser direito.
Na prática, como fica?
Os hospitais terão 180 dias para se adaptar às novas regras. A expectativa é que só neste segundo semestre de 2025, cerca de 8 mil cirurgias que estavam na fila possam finalmente sair do papel. E olha que interessante: a lei prevê até mesmo a possibilidade de técnicas mais modernas, como a microcirurgia com retalho — coisa que antes só rolava na rede particular.
Ah, e para quem tá pensando "mas e as pequenas cidades?" — o texto é claro: os estados terão que garantir acesso mesmo em municípios menores, seja através de mutirões ou do deslocamento das pacientes.
No fim das contas, o que essa lei traz é simples (mas revolucionário): o direito de se olhar no espelho e se reconhecer de novo. E no Brasil de hoje, isso não tem preço.